O ex-ministro Aldo Rebelo voltou ao meio das atenções em seguida protagonizar um momento de tensão durante seu prova no Supremo Tribunal Federalista (STF), na sexta-feira, 23 de maio. A discussão com o ministro Alexandre de Moraes, ocorrida no contexto da ação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, repercutiu nas redes e nos meios de notícia.
No sábado seguinte, 24 de maio, Rebelo decidiu intensificar o embate público com a Incisão. Usando suas redes sociais, principalmente o Instagram, ele publicou uma série de vídeos nos quais faz duras críticas ao STF e aos seus ministros, acusando a instituição de extrapolar os limites constitucionais de suas funções.
De coligado histórico da esquerda a voz próxima da direita
Aldo Rebelo tem uma longa trajetória na política brasileira. Durante mais de 40 anos, militou no Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e esteve ligado a governos petistas. Foi ministro da Resguardo durante o governo de Dilma Rousseff e também ocupou pastas importantes no primeiro procuração de Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que Ciência e Tecnologia, e Esportes.
No entanto, nos últimos anos, Rebelo tem demonstrado um alinhamento cada vez maior com o exposição adotado por setores conservadores, principalmente os ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Sua mudança de postura tem surpreendido antigos aliados e despertado o interesse de novos grupos políticos.
Durante o prova no STF, Rebelo compareceu uma vez que testemunha de resguardo do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha na gestão Bolsonaro, que está sendo investigado por envolvimento em uma suposta trama golpista para manter o ex-presidente no poder em seguida as eleições de 2022.
Acusações contra o Supremo Tribunal Federalista
Nas publicações feitas neste sábado, Rebelo não poupou críticas à atuação do STF. Em um dos vídeos, ele acusa a Incisão de invadir competências que não lhe cabem, uma vez que interferir na nomeação de ministros e delegados e atuar de forma que, segundo ele, se assemelha à atividade legislativa.
“O Supremo foi, naturalmente, tomando paladar por arbitrar as disputas dentro do Legislativo”, afirmou o ex-ministro. Para ele, essa postura ultrapassa os limites constitucionais e coloca em xeque a separação dos Poderes estabelecida pelo regime democrático.
Ele questiona, por exemplo, o papel do Legislativo diante da atuação do STF. “É uma situação quase que sem limite. Qual a função do Legislativo se o Supremo legisla?”, declarou, em tom de preocupação.
Memórias da presidência da Câmara dos Deputados
Rebelo relembrou em suas publicações a quadra em que presidiu a Câmara dos Deputados, entre 2005 e 2007. Segundo ele, naquela quadra já havia sinais de que o Supremo avançava sobre atribuições do Legislativo, mas essa tendência teria se intensificado nos últimos anos.
“Na minha quadra uma vez que presidente da Câmara, já observávamos o STF avançando em temas que deveriam ser tratados pelo Congresso. Hoje, a situação parece fora de controle. O Supremo não exclusivamente interpreta leis, uma vez que também passou a deliberar quem pode ser ministro ou solicitador, o que representa uma inversão perigosa do estabilidade institucional”, comentou.
Liberdade de sentença ou confronto institucional?
As falas de Aldo Rebelo reacendem o debate sobre os limites da liberdade de sentença de figuras públicas quando confrontam instituições do Estado. Para alguns, seus vídeos representam exclusivamente o manobra legítimo do recta de sátira; para outros, tratam-se de declarações que corroem a crédito nas instituições democráticas.
Especialistas jurídicos e políticos se dividem sobre o impacto das declarações. Alguns afirmam que as críticas de Rebelo refletem uma insatisfação crescente com o protagonismo do Judiciário em pautas políticas e legislativas. Outros apontam que ele reforça uma narrativa alimentada por setores que buscam enfraquecer o STF e o sistema democrático.
Uma novidade postura política?
Aldo Rebelo, que já foi visto uma vez que um nome moderado dentro da esquerda, vem assumindo posições que o colocam próximo a figuras da direita vernáculo. Além de sua aproximação retórica com o bolsonarismo, ele tem defendido pautas uma vez que a soberania vernáculo, a valorização das Forças Armadas e o combate ao que considera “ativismo judicial”.
Para alguns analistas, essas movimentações indicam que Rebelo pode estar tentando reposicionar sua imagem política. Em um cenário de polarização, seu exposição crítico ao STF pode encontrar sonância tanto em secção do eleitorado conservador quanto em setores descontentes com o sistema político tradicional.
STF ainda não se manifestou
Até o momento, o Supremo Tribunal Federalista não emitiu resposta solene às declarações de Aldo Rebelo. A assessoria de prelo da Incisão também não comentou o incidente envolvendo o ministro Alexandre de Moraes e o ex-ministro da Resguardo durante o prova.
A expectativa agora é sobre os desdobramentos da investigação na qual Almir Garnier é citado e a eventual perenidade das manifestações públicas de Rebelo. Sua postura sátira pode influenciar outros depoentes e até mesmo figuras políticas que estejam em procura de capitalizar politicamente as tensões entre os Poderes.
Considerações finais
As falas de Aldo Rebelo não passaram despercebidas. Ao mesmo tempo em que reacende velhas discussões sobre os limites do Judiciário, ele também entra no debate atual sobre os rumos da democracia brasileira, em um momento de elevada tensão institucional.
Resta saber se suas declarações terão impacto prático ou se servirão exclusivamente uma vez que mais um capítulo nas disputas simbólicas que vêm marcando o cenário político do país nos últimos anos.
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