O tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, que ocupou o função de comandante da Aviação, prestou testemunho nesta quarta-feira (21) à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federalista (STF). Ele foi ouvido no contexto da ação penal que apura uma verosímil tentativa de golpe de Estado articulada posteriormente as eleições presidenciais de 2022. O testemunho do militar é considerado peça-chave no progressão das investigações conduzidas pela Incisão. O STF procura esclarecer o envolvimento de autoridades civis e militares em possíveis articulações para invalidar o resultado eleitoral e impedir a posse do presidente democraticamente eleito.
Reuniões para Planejar Golpe Foram Confirmadas, Diz Baptista Júnior
Durante sua fala ao Supremo, Baptista Júnior confirmou que, de indumentária, houve encontros com integrantes das Forças Armadas para discutir estratégias que poderiam culminar em uma ruptura institucional. De negócio com ele, em determinadas ocasiões, chegou a ser apresentada uma minuta com teor considerado claramente golpista. Segundo o ex-comandante, o documento era uma proposta elaborada para embasar juridicamente uma mediação militar que impedisse a efetivação do resultado das eleições de 2022. A minuta foi levada para avaliação dos comandantes das Forças Armadas, numa tentativa de recrutar pedestal das lideranças militares.
Brainstorming sobre o Golpe e Teoria de Prender Alexandre de Moraes
Ainda segundo Baptista Júnior, um dos encontros foi descrito uma vez que um “brainstorming”, ou seja, uma reunião onde ideias foram lançadas livremente sobre as ações que poderiam ser tomadas. Nessa ocasião, chegaram a discutir medidas drásticas, incluindo a possibilidade de prisão do ministro Alexandre de Moraes, que atualmente é o relator do caso no STF. A menção a Moraes revela o nível de radicalização das propostas discutidas nos bastidores do suposto projecto de ruptura. A prisão do ministro, que teria o papel de desestabilizar o Judiciário, foi cogitada uma vez que uma forma de transfixar espaço para uma verosímil mediação militar e enfraquecer o STF, que se posicionava firmemente contra qualquer tentativa de golpe.
Atuação das Forças Armadas e o Papel dos Comandantes
O ex-comandante afirmou que, mesmo diante da proposta apresentada, não houve adesão institucional por segmento das Forças Armadas. A posição da Aviação e dos demais comandos militares, segundo ele, foi de repudiação a qualquer medida que violasse a Constituição. Baptista Júnior destacou que a tradição democrática e o reverência às instituições foram mantidos, mesmo sob pressão de setores políticos que desejavam volver o resultado eleitoral. Ele também mencionou que sua decisão de se alongar de qualquer projecto golpista era compartilhada por outros membros do cima comando militar. Para ele, a atuação dos comandantes naquele momento foi fundamental para evitar que a situação tomasse rumos ainda mais graves.
Valimento do Prova para as Investigações
O testemunho de Baptista Júnior reforça as suspeitas já levantadas pela Procuradoria-Universal da República (PGR) e pela Polícia Federalista (PF) sobre articulações realizadas posteriormente o segundo vez das eleições. As investigações apontam para a existência de um núcleo político e militar interessado em desestabilizar o regime democrático. A colaboração de militares de subida patente no fornecimento de informações, uma vez que no caso de Baptista Júnior, é considerada necessário para traçar com precisão o caminho percorrido pelos supostos conspiradores. Com sua fala, o tenente-brigadeiro ajuda a solidificar uma narrativa baseada em fatos e testemunhos, afastando especulações e fortalecendo o sindicância.
Repercussão Política e Jurídica
As revelações feitas por Baptista Júnior repercutiram fortemente nos meios políticos e jurídicos. Parlamentares de oposição cobraram mais rigor nas apurações e defenderam punições exemplares aos envolvidos, enquanto setores governistas afirmaram que os fatos evidenciam um atentado à democracia que precisa ser devidamente responsabilizado. No STF, o testemunho reforça o trabalho já transportado pelo ministro Alexandre de Moraes, que vem acumulando provas, oitivas e documentos que ajudam a entender o suposto projecto golpista. O caso segue em curso, com novos depoimentos previstos e a possibilidade de novas fases na operação de investigação.
O Contexto Pós-Eleitoral e os Desdobramentos
A tentativa de subverter o processo democrático posteriormente as eleições de 2022 ocorreu num envolvente já bastante polarizado politicamente. O inconformismo de grupos ligados ao logo governo derrotado gerou manifestações antidemocráticas, acampamentos em frente a quartéis e ações violentas, uma vez que a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A fala de Baptista Júnior mostra que o movimento não era unicamente natural ou popular, mas sim que havia discussões concretas nos bastidores do poder com o intuito de dar um verniz institucional à ruptura. Esse cenário preocupa autoridades e analistas, pois evidencia que o risco à democracia foi real e articulado por pessoas com poder e influência.
Caminhos para a Justiça e a Resguardo do Estado de Recta
Com base nos depoimentos e provas colhidas, o Supremo Tribunal Federalista procura confirmar que todas as tentativas de violação à ordem constitucional sejam devidamente julgadas. A responsabilização dos envolvidos é considerada necessário para evitar que ações semelhantes sejam repetidas no porvir. O tenente-brigadeiro Baptista Júnior, ao trazer à tona detalhes das articulações golpistas, contribui para a transparência e a verdade dos fatos. Sua disposição em colaborar fortalece o Estado Democrático de Recta e envia uma mensagem clara de que rupturas institucionais não serão toleradas. O Brasil segue circunspecto aos próximos passos das investigações e aguarda que a Justiça atue com firmeza, garantindo que a vontade do povo expressa nas urnas seja respeitada supra de qualquer tentativa autoritária.
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