Em meio a um cenário econômico incerto e repleto de instabilidades, o presidente do Banco Meão, Gabriel Galípolo, reafirmou nesta segunda-feira (19) a premência de manter a taxa básica de juros em patamar proeminente por um tempo mais prolongado. A enunciação foi um verdadeiro balde de chuva fria para setores do governo que pressionam por uma redução imediata da Selic, principalmente a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, uma das principais vozes críticas à política monetária adotada pelo BC nos últimos anos.
Taxa Selic continuará subida por mais tempo
Durante uma entrevista concedida nesta manhã, Galípolo foi enfático ao expressar que uma eventual redução da taxa de juros não está no radar subitâneo do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, os debates internos do comitê não estão considerando cortes, diante da atual lance econômica vernáculo e global.
Essa postura indica que o Banco Meão não pretende ceder às pressões políticas e se manterá firme no compromisso com a segurança econômica. Galípolo destacou que a prioridade da instituição continua sendo o controle da inflação e a preservação da crédito no mercado.
Copom prega cautela e flexibilidade
Na última ata do Copom, divulgada na semana passada, o comitê já havia sinalizado um tom mais conservador. O documento ressaltou que o momento atual exige “cautela suplementar” na meio da política monetária, além de uma postura “maleável” para observar os próximos dados que possam influenciar os rumos da inflação.
O texto do Copom também citou que o cenário global permanece incerto, com riscos vindos de diversas partes do mundo, o que obriga o Banco Meão a agir com prudência e evitar decisões precipitadas.
Inflação segue porquê foco medial
Ainda em sua fala, Gabriel Galípolo enfatizou que o Banco Meão segue hipotecado em satisfazer a meta de inflação estabelecida para o ano de 2025, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para ordinário. Ele frisou que manter a credibilidade da política monetária é fundamental para a retomada da crédito dos agentes econômicos e para o prolongamento sustentável do país.
A mensagem é clara: enquanto os indicadores não apontarem uma tendência segura de queda da inflação e estabilização da economia, não haverá espaço para afrouxamentos na taxa de juros.
Silêncio de Gleisi e desconforto no Planalto
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que sempre se posicionou contra a política de juros altos conduzida por Roberto Campos Neto, predecessor de Galípolo, até o momento não comentou publicamente as declarações do atual presidente do BC. A expectativa de que, com a saída de Campos Neto, haveria uma postura mais alinhada com os interesses do governo, parece estar sendo frustrada.
Gleisi vinha defendendo há meses que a manutenção dos juros em níveis elevados prejudica o prolongamento econômico, o consumo e os investimentos. No entanto, Galípolo demonstrou que, ao assumir o incumbência, não pretende se alongar da traço técnica que marcou a gestão anterior.
Lula acuado e sem reação
Quem também permanece em silêncio diante das declarações do Banco Meão é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outros momentos, Lula não hesitou em criticar a atuação do BC e chegou a questionar publicamente a autonomia da instituição. No entanto, a novidade postura de Galípolo, nome de crédito do governo, o deixou em uma posição desconfortável.
A falta de reação de Lula pode ser interpretada porquê um sinal de fraqueza política ou de resignação diante da verdade dos fatos: a economia não responde à vontade política, e decisões técnicas continuam sendo necessárias para preservar a segurança do país.
Autonomia do Banco Meão se mantém firme
As recentes declarações de Galípolo reforçam a valimento da autonomia do Banco Meão, conquistada com grande esforço ao longo dos anos. Mesmo sendo uma escolha do governo atual, ele demonstrou que está comprometido com a missão institucional da autonomia, deixando evidente que não haverá interferência política em suas decisões.
Essa postura preserva a crédito dos investidores e evita uma verosímil fuga de capitais, além de ajudar a manter o real relativamente fixo em um cenário internacional turbulento.
Pressão política x responsabilidade fiscal
A tensão entre os desejos do governo e a verdade econômica tem se intensificado nos últimos meses. Enquanto o Planalto e figuras porquê Gleisi pressionam por medidas de fomento à economia, o Banco Meão se vê obrigado a manter a disciplina fiscal e o controle da inflação porquê prioridade absoluta.
Esse embate evidencia o contraste entre política e técnica, entre populismo e responsabilidade. E, neste momento, a técnica parece estar vencendo a guerra, com o respaldo de dados, análises e previsões que recomendam prudência.
O repto de Galípolo: aprazer sem ceder
Gabriel Galípolo vive agora o quebrável repto de manter sua imagem porquê nome técnico e confiável, sem desgostar completamente aqueles que o indicaram. Ele precisa lastrar expectativas políticas com os rigores da política econômica.
Suas recentes declarações indicam que ele está disposto a seguir os princípios que regem o Banco Meão, mesmo que isso signifique desgostar figuras poderosas do partido que hoje comanda o país. Se conseguirá manter esse estabilidade por muito tempo, só o tempo dirá.
Peroração
A decisão do Banco Meão de manter os juros altos por mais tempo é um sinal evidente de que a prioridade ainda é o controle da inflação e a segurança econômica. Apesar da pressão política, Gabriel Galípolo mostrou firmeza e compromisso com a responsabilidade fiscal, frustrando aqueles que esperavam por uma guinada populista na meio da política monetária.
Enquanto isso, Gleisi Hoffmann permanece em silêncio, Lula observa de longe, e o mercado reage com cautela, mas refrigério. Ao que tudo indica, o Banco Meão continua sendo uma das poucas instituições do país que ainda opera guiada por critérios técnicos, e não por interesses ideológicos ou partidários.
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