Em uma entrevista exclusiva concedida à Revista A Verdade, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Marco Aurélio Mello, voltou a se posicionar com firmeza sobre um dos temas mais delicados da atualidade: a liberdade de frase e a tentativa de regulação das redes sociais no Brasil. Indagado sobre as recentes declarações do ministro Alexandre de Moraes, Mello foi direto e contundente ao qualificar certas medidas uma vez que formas de “increpação prévia”.
Um dos maiores juristas do país
Com uma trajetória de mais de três décadas no STF, Marco Aurélio Mello é divulgado por sua postura independente e pelo compromisso com os princípios constitucionais. Durante sua longa atuação na Suprema Incisão, o ministro jubilado ganhou o reverência tanto de colegas de toga quanto de juristas e estudiosos do Recta em todo o país.
Agora, longe do incumbência solene, Marco Aurélio continua sendo uma voz ativa nos debates jurídicos e políticos, sobretudo quando o tema envolve o estabilidade entre os Poderes e a preservação das liberdades individuais.
O alerta sobre a liberdade de frase
Ao comentar a proposta de regulação das redes sociais defendida por Moraes, Marco Aurélio não economizou palavras. Para ele, qualquer tentativa de controle do que é publicado nas plataformas digitais pode simbolizar uma ameaço direta ao Estado Democrático de Recta.
“A liberdade de frase é a medula do Estado de Recta. Qualquer regulação nesse sentido soa uma vez que increpação prévia”, afirmou com firmeza.
A enunciação vai de encontro ao receio crescente entre juristas, parlamentares e cidadãos de que medidas adotadas sob o pretexto de combater a desinformação estejam, na prática, comprometendo direitos fundamentais assegurados pela Constituição Federalista de 1988.
Exprobação prévia: um risco real
O termo “increpação prévia” utilizado por Mello é sobrecarregado de peso histórico. Durante o regime militar brasiliano, esse tipo de controle sobre os meios de informação foi uma das marcas da repressão à oposição e ao livre pensamento. Desde a redemocratização, a Constituição brasileira proíbe expressamente esse tipo de increpação, garantindo que todos tenham o recta de se manifestar livremente.
No entanto, com a subida das redes sociais e a proliferação de conteúdos em tamanho, tem havido uma pressão cada vez maior para que essas plataformas sejam reguladas. Para muitos, inclusive para o ministro Alexandre de Moraes, é necessário estabelecer limites para impedir a propagação de fake news, discursos de ódio e incitação à violência.
Por outro lado, para críticos uma vez que Marco Aurélio Mello, o risco de extrapolar esses limites é iminente. Segundo ele, a traço que separa o combate ao delito do cerceamento das liberdades individuais é tênue — e precisa ser observada com cautela.
A atuação do Judiciário sob escrutínio
A sátira de Marco Aurélio Mello não se limita à questão da regulação. Ele também tem se mostrado preocupado com a crescente interferência do Judiciário em áreas que, tradicionalmente, pertencem ao Legislativo. Para ele, o papel dos ministros do STF deve ser de guardiões da Constituição, e não de protagonistas de decisões que afetam diretamente a liberdade dos cidadãos.
O ex-ministro já havia demonstrado incômodo com o protagonismo do Supremo em casos recentes, principalmente aqueles que envolvem decisões monocráticas com impactos profundos na sociedade e na política. Na visão dele, o STF deve atuar uma vez que louvado, e não uma vez que jogador principal no campo das disputas ideológicas.
Liberdade com responsabilidade
Embora defenda a liberdade de frase de forma veemente, Marco Aurélio Mello também reconhece que ela deve ser exercida com responsabilidade. Ele acredita que é papel das próprias plataformas, em conjunto com a sociedade social e os órgãos de justiça, buscar formas de sofrear abusos — mas sempre dentro dos limites legais e sem recorrer a mecanismos autoritários.
Nesse sentido, ele reforça a valimento do fortalecimento das instituições e da instrução uma vez que ferramentas para combater a desinformação, ao invés da imposição de regras que possam restringir o debate público ou silenciar opiniões divergentes.
Um recado direto à sociedade
A fala de Marco Aurélio serve uma vez que um alerta. Para ele, o Brasil vive um momento decisivo em sua história democrática, e cabe à sociedade estar atenta aos sinais de autoritarismo, mesmo que disfarçados sob o argumento de “proteger a democracia”.
Segundo o jurista, as redes sociais são hoje uma das principais arenas de revelação da população, e qualquer tentativa de emudecer essas vozes precisa ser analisada com rigor. Para ele, não há democracia sem liberdade de pensamento, opinião e frase.
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