Um líder de uma das maiores facções do nordeste do Brasil foi recluso pelado, em um apartamento na zona Setentrião de São Paulo. Jean Almeida, o ‘Dedé’, porquê é chamado, é indiciado de matar oito pessoas.
Segundo a Polícia Social paulista, o criminoso é vinculado à partido GDE (Guardiões do Estado) e foi conquistado na morada da companheira, na Vila Mariana.
Procurado nacionalmente, ele já havia sido recluso em 2021, no Rio Grande do Setentrião, mas foi solto e passou a viver em São Paulo de forma clandestina. Para evitar ser reconhecido, Jean não saía de morada e delegava à esposa, Ana, as tarefas externas.
Criminoso corrige mandatário: “matei 11”, diz
A Polícia Social tem conhecimento de que Jean está envolvido em, ao menos, oito homicídios de rivais, cometidos em Fortaleza (CE). Em testemunho à polícia, ele disse que o número de crimes seria ainda maior. “Ele informou cá que seriam 11 processos”, afirmou o mandatário Rodrigo Gonçalves da Silva, ao Cidade Alerta, da RECORD.
Criminoso lidera partido em Fortaleza (CE), mas foi conquistado em São Paulo – Foto: Cidade Alerta/R7/ND
A operação, que culminou com a tomada do recluso pelado, contou com espeque da polícia do Rio Grande do Setentrião, estado em que a partido GDE também tem potente atuação. Segundo a Polícia Social, o grupo teria conflito com facções de outras regiões do país, porquê PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho).
“Ele teria vindo para fazer o transporte e a logística de drogas para o Rio Grande do Setentrião. Dentro da morada, apreendemos mais de 200 porções de cocaína, maconha, algumas anotações que se referem ao tráfico de drogas e ele também foi autuado, em flagrante, por isso”, destacou o mandatário. O criminoso contava com espeque da companheira, também presa na ação.
“Ela achou que para ela estava tudo muito e que os mandados se referiam somente aos homicídios. Com a localização dessa droga na morada dela e com a comprovação de que ela acobertava o Jean, para que ele continuasse escondido na capital, ela não estava entendendo que também estava presa por tráfico de drogas”, explicou o mandatário Rodrigo Gonçalves da Silva.
O recluso pelado usava a companheira para remunerar contas, fazer compras e realizar ligações telefônicas, sem sequer transpor de morada. Conforme investigado, ele tinha receio de ser identificado pelas câmeras de reconhecimento facial instaladas na cidade.
Veja o momento em que criminoso é recluso pelado em SP:
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