Ednaldo Rodrigues foi removido do incumbência por decisão do TJ-RJ depois de pedido do vice Fernando Sarney, nomeado interventor pelo tribunal
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) registrou o isolamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade na 5ª feira (15.mai.2025), por decisão da 19ª Câmara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).
Rodrigues é o 5° presidente da CBF a ser removido do incumbência nos últimos 7 mandatos, em seguida pedido do vice-presidente Fernando Sarney, que foi nomeado interventor pelo tribunal.
O desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, presidente da percentagem do TJ-RJ, determinou o isolamento ao questionar a validade de um documento que mantinha Rodrigues no comando da entidade. O processo aponta uma verosímil falsificação da assinatura do Coronel Nunes, um dos vice-presidentes da CBF, em documento que encerrava uma ação contra o processo eleitoral que levou Rodrigues à presidência.
A Justiça estabeleceu que, caso seja comprovada a falsificação, a eleição de Ednaldo Rodrigues para o comando da confederação será invalidada. O isolamento acontece durante seu procuração previsto para resistir de 2021 a 2025. À era da eleição, a versão apresentada pela CBF era de que havia um consenso entre os dirigentes estaduais para dar término à mediação judicial anterior, o que teria resultado em um pacto validado pelo STJ — versão agora questionada pela Justiça estadual.
Dos últimos 7 mandatos presidenciais da CBF, exclusivamente o Coronel Nunes, que ocupou o incumbência de forma interina entre 2017-2019 e novamente em 2021, não foi removido da posição. Fernando Sarney, além de solicitar o isolamento de Rodrigues, deverá convocar novas eleições “o mais rápido verosímil”.
Ricardo Teixeira comandou a CBF por mais de duas décadas (1989-2012), período em que o Brasil conquistou as Copas do Mundo de 1994 e 2002. Em 2019, a Fifa baniu Teixeira em um caso de suborno.
Segundo a entidade máxima do futebol mundial, o dirigente brasílico recebeu aproximadamente US$ 8 milhões em propinas relacionadas a contratos de competições. Na era de sua saída, em 2012, Teixeira alegou problemas de saúde uma vez que justificativa para renunciar ao incumbência, negando qualquer envolvimento em irregularidades.
José Maria Marin assumiu a presidência em seguida a saída de Teixeira em 2012. Marin foi recluso pelo FBI na Suíça em 2015, no escândalo que ficou espargido uma vez que “Fifagate”. A resguardo de Marin alegava, à era, que ele não tinha responsabilidade direta pelas decisões comerciais investigadas. No entanto, ele foi sentenciado nos Estados Unidos em 2017.
Marco Polo Del Nero, que dirigiu o futebol brasílico entre 2015 e 2017, também teve seu nome associado ao caso de devassidão na Fifa e foi precito das atividades esportivas. Quando deixou de participar presencialmente de reuniões da Fifa no exterior, Del Nero dizia temer perseguição política e injustiça judicial fora do Brasil. Ele foi distante preventivamente pela própria Fifa em 2017.
Rogério Mestiço presidiu a entidade entre 2019 e 2021 e foi distante em seguida denúncia de assédio sexual e moral feita por uma funcionária da confederação. Na ocasião, Mestiço negou as acusações e afirmou ser claro de um complô interno para derrubá-lo do incumbência.
Leia o infográfico:
A CBF foi fundada em 1979, seguindo as normas estabelecidas pela Fifa, que exigia que todas as federações filiadas fossem dedicadas exclusivamente ao futebol. Anteriormente, o futebol brasílico era governado pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), criada em junho de 1914.
O TJ-RJ não informou quando exatamente as novas eleições serão realizadas. A CBF não divulgou posicionamento solene sobre a decisão judicial que afastou Ednaldo Rodrigues.
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