O ex-presidente Fernando Collor de Mello começou a executar sua pena em um cenário que contrasta fortemente com a verdade da maioria dos brasileiros. Nesta quinta-feira (1º), ele deixou o presídio e passou a executar prisão domiciliar em sua cobertura de luxo com vista para o mar, localizada na transcendente praia de Ponta Verdejante, em Maceió (AL). O imóvel, estimado pela Justiça em R$ 9 milhões, possui 600 metros quadrados, cinco quartos, piscina, bar e cinco vagas de garagem.
Collor havia sido recluso no dia 24 de abril, mas menos de uma semana depois foi beneficiado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista. A justificativa usada foi a de problemas de saúde e idade avançada do ex-presidente. Com isso, Moraes concedeu o recta de executar pena em moradia, num imóvel luxuoso que já foi cândido de penhora por dívidas trabalhistas.
Em outubro de 2023, a Justiça do Trabalho determinou a penhora do apartamento para quitar um débito de R$ 264 milénio com um ex-funcionário de uma empresa ligada a Collor. Ou seja, além de responder por crimes que o levaram à prisão, o ex-presidente ainda é cândido de cobranças judiciais por falta de pagamento de direitos trabalhistas. Mesmo assim, segue desfrutando de privilégios inacessíveis à maioria da população.
A decisão de Moraes, que tem imposto sua própria versão sobre o que seria uma prisão “humanitária”, permite que Collor receba visitas exclusivamente de familiares, advogados e profissionais de saúde. Outrossim, ele deverá usar tornozeleira eletrônica e teve o passaporte bloqueado, numa tentativa de evitar qualquer fuga do país. Mas o contraste entre a punição e o conforto labareda atenção.
Para muitos conservadores, a situação de Collor é mais uma modelo do desequilíbrio que se instalou no sistema de Justiça brasílico. Enquanto cidadãos comuns enfrentam penas severas mesmo por delitos menores, figuras da escol política seguem usufruindo de regalias, mesmo posteriormente condenações. A tal “prisão humanitária” parece servir exclusivamente aos muito posicionados.
A revolta é inevitável: enquanto brasileiros honestos enfrentam dificuldades para manter suas casas e remunerar suas contas, um réprobo por prevaricação desfruta da vista para o mar, com piscina e bar à disposição. O caso expõe, mais uma vez, a desconexão entre a verdade vivida pela população e a escol política que domina o país.
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