O Grupo Leader, divulgado por sua tradicional rede de lojas de departamento com origem em 1951, em Miracema, no interno do Rio de Janeiro, teve sua falência decretada pelo Tribunal de Justiça do Estado nesta sexta-feira (11). A decisão foi assinada pelo juiz Leonardo de Castro Gomes, da 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, posteriormente o descumprimento do projecto de recuperação judicial sancionado em maio de 2021.
Com uma dívida acumulada de R$ 1,2 bilhão, a rede não conseguiu se reerguer financeiramente, o que levou o magistrado a concluir que as empresas do grupo perderam sua viabilidade econômica. O Ministério Público do Rio de Janeiro e a administradora judicial do caso, a Inova, já haviam emitido pareceres favoráveis à decretação de falência.
O Grupo Leader chegou a operar, em seu auge, com mais de 100 unidades distribuídas em diversos estados brasileiros, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Setentrião e Sergipe. No entanto, mesmo com várias oportunidades de reforma, não conseguiu restabelecer sua segurança financeira.
Segundo o juiz responsável pela decisão, foram oferecidas diversas chances para que o grupo honrasse o projecto acordado judicialmente, mas todas foram em vão.
“O que se vê nestes autos é que todo o ‘fôlego’ judicialmente facultado à requerente foi em vão”, declarou Castro Gomes em sua decisão, alertando para o risco de prejuízo à credibilidade do sistema econômico e judicial caso as operações fossem mantidas.
A falência envolve várias empresas que integram o conglomerado, entre elas a União de Lojas Leader S.A., a Companhia Leader de Promoção e Vendas, a Leader.com.br S.A. e a ULL Voga Ltda. O fecho definitivo das atividades marca o termo de uma trajetória de mais de sete décadas no varejo pátrio. Jornal da cidade
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