Durante revelação realizada neste domingo (6) na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que, nas eleições de 2026, espera poder “voltar a responsabilizar no TSE”, afirmando que o tribunal terá um “perfil completamente de isenção” no próximo pleito.
O evento foi mais um dos organizados por apoiadores do ex-presidente, desta vez com foco em tutelar a anistia para os condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
“Pusilanimidade pode suceder”, diz Bolsonaro
Durante o exposição, Bolsonaro também fez menção a possíveis perseguições políticas, afirmando que não se preocupa com seu horizonte pessoal. “Pusilanimidade pode suceder, mas não se preocupem comigo”, disse. A fala ocorreu enquanto ele fazia menções indiretas a processos em curso contra aliados e ao contexto judicial que envolve seu entorno político.
Em um dos trechos mais emblemáticos do exposição, ele mencionou o fruto Eduardo Bolsonaro (PL-SP), espargido porquê “03”, que atualmente se encontra nos Estados Unidos posteriormente ter se licenciado do função de deputado federalista.
“Hoje faltou um fruto meu cá, o 03, que fala inglês, espanhol, arábico… Tem contato com pessoas importantes no mundo todo e está nos Estados Unidos”, declarou, sugerindo que o fruto está atuando para projetar a imagem do bolsonarismo no exterior. “Tenho esperança de receber ajuda de fora”, completou.
Eduardo nos EUA e o caso Filipe Martins
Bolsonaro ainda mencionou que a Justiça americana deve iniciar, em breve, o julgamento de Filipe Martins, ex-assessor de relações internacionais de seu governo, que também é investigado por envolvimento em atos antidemocráticos.
“Daqui a duas semanas ou 10 dias, a Justiça americana começa a julgar o caso Filipe Martins”, afirmou o ex-presidente, sem entrar em detalhes sobre o processo. A frase sugere que ações internacionais estão sendo observadas com atenção pelo grupo político ligado ao ex-presidente.
Michelle Bolsonaro também discursou
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também esteve presente no ato e fez um exposição em resguardo do marido e de Eduardo Bolsonaro. “Cá estão os três meninos do meu marido, faltando um, faltando o Eduardo, nosso Duda, que está longe, que está renunciando sua vida, a vida dos seus filhos pequenininhos”, disse.
Michelle foi recebida com aplausos e reiterou a mensagem mediano do evento: a resguardo da anistia para os presos e condenados pelo 8 de janeiro, além de um apelo emocional para que as famílias dos envolvidos recebam base.
Sintoma pró-anistia: público e duração
O ato na Avenida Paulista teve início por volta das 14h e encerrou por volta das 16h. Assim porquê no evento anterior realizado no mesmo sítio em fevereiro, apoiadores vestiam camisas virente e amarelo, levavam faixas com dizeres porquê “anistia já” e cartazes com críticas ao Supremo Tribunal Federalista e ao ministro Alexandre de Moraes, que concentra a relatoria dos principais inquéritos relacionados aos atos golpistas.
A Polícia Militar não divulgou estimativas oficiais de público até o momento. Já os organizadores afirmaram que a revelação teve caráter pacífico e contou com a presença de diversas lideranças políticas do PL e outros aliados de Bolsonaro.
O que esperar do TSE em 2026?
A enunciação de Bolsonaro sobre um TSE “com perfil de isenção” reacende a polêmica sobre a confiabilidade do sistema eleitoral brasílico, tema que ele já questionou anteriormente, inclusive durante seu procuração. A sátira velada ao atual corpo do Tribunal Superior Eleitoral indica que o ex-presidente aposta em uma futura recomposição institucional que, em sua visão, traria maior estabilidade ao processo eleitoral.
Vale lembrar que, por lei, os integrantes do TSE são escolhidos entre ministros do STF, STJ e indicados pelo presidente da República. Porquê os mandatos são rotativos, a constituição do TSE poderá ser bastante dissemelhante em 2026, quando ocorrerá a próxima eleição presidencial.
Situação jurídica do ex-presidente
Jair Bolsonaro, que foi pronunciado inelegível pelo TSE em 2023 por insulto de poder político e uso indevido dos meios de informação públicos, ainda tenta virar a quesito na Justiça. Ele enfrenta diversos inquéritos no Supremo Tribunal Federalista, incluindo investigações sobre tentativa de golpe, disseminação de fake news, e associação aos atos do 8 de janeiro.
A fala sobre “esperança de ajuda externa” pode estar relacionada à procura por base internacional ou possíveis articulações jurídicas fora do Brasil.
Reflexos políticos e projeção internacional
A presença de Eduardo Bolsonaro nos EUA, segundo interlocutores próximos, seria estratégica para edificar pontes com setores da direita internacional, principalmente com aliados de Donald Trump e grupos ligados ao movimento conservador global. Eduardo já participou de eventos porquê a CPAC (Conservative Political Action Conference) e tem se reunido com políticos republicanos influentes.
O julgamento de Filipe Martins, se confirmado pela Justiça americana, poderá servir de barômetro sobre o alcance internacional das investigações brasileiras contra os envolvidos nos atos antidemocráticos.
Desfecho: mais um passo no tabuleiro de 2026
O exposição de Bolsonaro e de Michelle, somado à movimentação política de Eduardo no exterior, faz segmento de uma estratégia mais ampla de manter o bolsonarismo ativo e presente no debate público, mesmo com o ex-presidente fora das eleições — ao menos por enquanto.
A narrativa de perseguição, a promessa de “renovação” nas instituições e o apelo popular da tarifa da anistia seguem sendo os principais eixos de mobilização do ex-presidente e de seus apoiadores rumo às eleições de 2026.
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