Em mais um incidente que evidencia o crescente distanciamento entre o governo federalista e secção dos municípios de orientação conservadora, a Câmara de Vereadores de Itajaí, em Santa Catarina, aprovou na última terça-feira (1º) uma moção de repúdio contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarando-o “persona non grata” na cidade. A medida foi aprovada por 11 votos favoráveis e unicamente um voto contrário, em uma sessão marcada por críticas severas à atual gestão federalista.
A Moção nº 7/2025, de autoria do vereador Victor Promanação (PL), traz uma série de acusações e insatisfações da gestão municipal com as políticas implementadas pelo presidente Lula, principalmente no que se refere à retirada da gestão do Porto de Itajaí das mãos da prefeitura, o que foi interpretado uma vez que uma retaliação política.
Porto de Itajaí: Coração Econômico e Motivo de Conflito
O ponto meão do documento é a transferência da domínio portuária de Itajaí para a Poder Portuária de Santos (APS). Segundo a moção, essa mudança é vista uma vez que um “ato de revanche política” contra a vitória da Direita no Estado. O Porto de Itajaí era o único do país com gestão municipalizada desde os anos 1990, o que gerou benefícios significativos para a economia sítio. Agora, sob controle da APS — considerada concorrente direta —, a cidade teme perder competitividade e autonomia econômica.
“A retirada do porto da gestão municipal foi um ato de revanche política em face da vitória da Direita. (…) A gestão foi passada para a Poder Portuária de Santos, um concorrente direto aos interesses locais”, diz o texto da moção.
A medida afeta diretamente o fluxo de investimentos, a geração de empregos e a arrecadação tributária do município. Empresários locais e representantes de entidades do setor logístico demonstraram preocupação com o impacto dessa decisão no horizonte da cidade.
Acusações e Críticas: Da Política Externa à Economia
Além da questão portuária, a moção elenca uma série de críticas à política pátrio sob Lula. O documento aponta o “desrespeito ao governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL)”, o “descaso com a sociedade itajaiense” e acusa o presidente de manter relações diplomáticas com ditadores e grupos terroristas.
“Itajaí não compactua com aqueles que apoiam ditadores uma vez que o presidente da Venezuela, presidente de Cuba, presidente da Nicarágua, líderes da República Democrática do Congo, Etiópia e outros”, afirma o texto.
A sátira à política externa é uma clara referência às alianças geopolíticas estabelecidas pelo governo petista, que, segundo os opositores, não refletem os valores democráticos defendidos pela população de Itajaí.
A moção ainda critica a subida da inflação, o descontrole das contas públicas, a política cambial instável e a perda do poder de compra da população brasileira, elementos que, de contrato com os vereadores da cidade, fragilizam a economia e penalizam a classe média e os mais pobres.
Um Ato Político com Repercussão Pátrio
A decisão da Câmara de Itajaí tem grande peso político, principalmente por colocar em xeque a relação entre os municípios e o Planalto. Em tempos de polarização, esse tipo de sintoma simbólica tende a lucrar projeção pátrio, tornando-se combustível para debates acalorados tanto no Congresso quanto nas redes sociais.
A postura da cidade se alinha com um movimento conservador crescente em Santa Catarina, estado onde o presidente Lula enfrentou resistência significativa nas últimas eleições. A aprovação da moção também reforça a liderança do Partido Liberal (PL) na região, que tem atuado uma vez que principal opositor do governo federalista.
Reações Políticas e Expectativas
Até o momento, o Palácio do Planalto não emitiu nota solene sobre a moção, mas fontes ligadas ao governo classificaram a ação uma vez que “ato simbólico e sem efeitos práticos”. No entanto, a iniciativa pode impactar futuras negociações entre o município e Brasília, principalmente no que se refere a repasses de verbas e projetos federais.
Por outro lado, lideranças da oposição celebraram a decisão da Câmara uma vez que uma prova de resistência às diretrizes do governo federalista.
“É preciso que outras cidades tenham a coragem de se posicionar contra os desmandos de um governo que privilegia aliados ideológicos em detrimento do interesse pátrio”, disse um deputado estadual da base do PL.
O Contexto da Gestão Lula
A polêmica ocorre num momento em que o governo Lula lida com críticas em várias frentes. Recentemente, a Anvisa proibiu suplementos alimentares com ora-pro-nóbis, o que gerou reação negativa da indústria de produtos naturais. Ao mesmo tempo, a gestão enfrenta desafios para controlar a inflação e restabelecer a crédito do setor produtivo.
Aliás, casos envolvendo figuras próximas ao presidente — uma vez que a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que obriga Marcelo Freixo a remunerar R$ 30 milénio ao senador Flávio Bolsonaro — têm ocupado o noticiário, alimentando a percepção de instabilidade.
Desfecho: Um Gesto que Ultrapassa os Limites Municipais
A moção de repúdio aprovada em Itajaí vai além de um desabafo sítio. Trata-se de uma mensagem política clara, com potente apelo simbólico, que reflete o insatisfação de uma parcela expressiva da população brasileira com os rumos do governo federalista.
Em tempos de tensão entre as esferas do poder, decisões uma vez que essa acendem o alerta sobre a urgência de diálogo federativo e reverência reciprocamente entre as autoridades, sob o risco de aprofundar o declínio político e prejudicar diretamente a população que depende de uma gestão pública eficiente e cooperativa.
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