O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou a decisão do Supremo Tribunal Federalista (STF) de conceder prisão domiciliar à cabeleireira Débora Rodrigues, depois ela passar 2 anos e 10 dias presa por ter pichado uma estátua durante as manifestações de janeiro de 2023. Em sua enunciação, Bolsonaro expressou seu insatisfação com a medida e fez duras críticas ao tratamento oferecido à ré.
A Enunciação de Bolsonaro
Em uma publicação feita nesta sexta-feira (28), Bolsonaro afirmou que a detenção de Débora teve o intuito de “gerar pavor, intimidar e enviar recados”. O ex-presidente se referiu à prisão de Débora uma vez que um caso emblemático de abusos judiciais e de uso da prisão para fins de repressão política. Ele destacou que, depois o longo período de encarceramento, a cabeleireira, mãe de duas crianças, foi finalmente colocada em prisão domiciliar, mas não libertada, o que, para ele, demonstra uma atitude punitiva ainda em vigor, uma vez que se ela representasse um “risco concreto à ordem pública”.
“Depois de 2 anos e 10 dias presa por passar batom numa estátua, Débora finalmente poderá voltar pra lar se Moraes não obstinar no sadismo com que conduziu oriente e outros casos“, afirmou Bolsonaro, se referindo ao ministro Alexandre de Moraes, que tem orientado os processos relacionados aos atos de 8 de janeiro e suas consequências.
Sátira à PGR e à Justiça
Bolsonaro também se posicionou contra a mudança de postura da Procuradoria-Universal da República (PGR), que inicialmente se opôs à liberação de Débora e, agora, defende a prisão domiciliar. Para ele, essa mudança não se justifica, já que “zero mudou nos fatos”, exceto a pressão pública que teria levado a uma revisão da posição da PGR. O ex-presidente considerou a decisão um exemplo de “justiça de ocasião” e afirmou que o Estado de Recta no Brasil está sendo moldado de forma “sob medida”, de convénio com interesses políticos do momento.
“Não houve mudança nos fatos. Zero mudou. Exceto uma coisa: a vergonha ficou grande demais pra sustentar“, disse Bolsonaro, criticando o que considera uma decisão política, ao invés de uma medida judicial justa e fundamentada.
O Sofrimento de Débora e de Outros Presos
Bolsonaro também se mostrou preocupado com o sofrimento de Débora Rodrigues, principalmente com a requisito de seus filhos, que tiveram que mourejar com a escassez da mãe por tanto tempo. Ele mencionou que, apesar de Débora estar em prisão domiciliar, ela ainda corre o risco de ser reatribuída à prisão. O ex-presidente pediu atenção a outros casos de pessoas que ainda estão, segundo ele, presas injustamente, ressaltando que muitas dessas pessoas estão enfrentando penas desproporcionais.
“Ainda existe muita gente sofrendo, com penas desproporcionais“, afirmou Bolsonaro, sugerindo que a sociedade deve ter mais atenção ao que ele considera abusos dentro do sistema judiciário.
Contexto do Caso de Débora Rodrigues
Débora Rodrigues foi presa em janeiro de 2023 depois pichar uma estátua durante as manifestações que ocorreram depois a tentativa de golpe de estado no Brasil, marcada pelos ataques ao Palácio do Planalto, ao Congresso Pátrio e à Incisão Suprema. A cabeleireira foi acusada de vandalismo e outros crimes relacionados aos atos de ruína e subversão.
Em março deste ano, o STF decidiu conceder a prisão domiciliar a Débora, considerando sua requisito de mãe e sua saúde. Porém, a decisão não agradou a todos e gerou divisões políticas, com críticas sobre a extensão da pena e a proporção da resposta judicial em relação ao ato cometido.
Reflexões Sobre o Caso
A prisão de Débora Rodrigues continua sendo um ponto de controvérsia no debate público sobre a justiça brasileira e as liberdades individuais. As críticas de Bolsonaro e outros aliados refletem uma tensão crescente entre os que defendem um tratamento mais rigoroso para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e aqueles que argumentam que muitos desses casos representam excessos e abusos do poder judiciário.
O caso de Débora pode simbolizar um dos marcos dessa discussão, que envolve a justiça política e a urgência de proteger os direitos fundamentais de todos, mesmo daqueles que se envolvem em manifestações de caráter extremista ou antidemocrático.
Em meio a essa discussão, o horizonte de Débora e de outros acusados continua sendo uma questão delicada, enquanto o Brasil observa o desenvolvimento do cenário político e judicial.
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