CNI critica polarização e propõe “pacto” pela indústria

O presidente da CNI (Confederação Pátrio da Indústria), Ricardo Alban, criticou, nesta 3ª feira (25.mar.2025) a polarização política no país. Segundo ele, isso dificulta o foco na melhora da situação econômica. “É boa só para o debate político“, disse.

Alban participou de sessão da Câmara dos Deputados para o lançamento da 30ª edição da agenda legislativa da entidade. Leia a íntegra do documento (PDF – 2 MB). Em seu exposição, propôs um pacto entre os Poderes e o setor privado para destravar a economia. Tal pacto envolve secção da agenda da indústria e maior controle dos gastos por secção do governo.

“Não há desenvolvimento social sem o econômico. Nossa teoria é fabricar um consenso em torno de metas fiscais e de políticas econômicas estruturantes, garantindo que, enquanto se procura o estabilidade das contas públicas, haja também estímulos seletivos que assegurem a ininterrupção dos investimentos“, disse.

No mesmo evento, o senador Efraim Rebento (União Brasil-PB) defendeu a ininterrupção da reforma tributária, que ainda precisa ter sua 2ª secção regulamentada, e pregou também a reforma administrativa.

“Reforma tributária é para melhorar a vida de quem produz. É o que esperamos da regulamentação da 2ª período. E tem que permanecer evidente que responsabilidade fiscal não se conquista só pela receita. [O governo] tem se esquecido do lado das despesas. E a nossa próxima agenda tem que ser a reforma administrativa“, disse.

Ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Transacção, o deputado federalista Marcos Pereira (Republicanos-SP) disse que a prioridade do Congresso deve ser a desfecho da regulamentação da tributária. Segundo ele, com as novas regras, o Brasil tem a chance de liderar a agenda global de sustentabilidade.

“Que a regulamentação acabe o quanto antes. A indústria tem mostrado seu repetido compromisso com o desenvolvimento sustentável e a transição energética. O Brasil tem condições de liderar essa agenda global“, disse.

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) alertou que a regulamentação da tributária não pode valer ampliar a burocracia. “Temos que focar em produzir mais riquezas. Regulamentação não pode impedir inovação”, disse.

O senador Izalci Lucas (PL-DF) criticou o governo. Disse que suas medidas costumam mais prejudicar do que ajudar o setor produtivo. “O governo parece que quer matar a penosa dos ovos de ouro. Essa mudança no Imposto de Renda que chega agora, querem tributar quem produz. Incrível porquê o governo faz questão de prejudicar o sistema produtivo”, disse.