A sentença de 14 anos de prisão imposta à cabeleireira Débora dos Santos, decidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF), Alexandre de Moraes, gerou uma vaga de espeque nas redes sociais. No domingo, 23 de março, uma mobilização tomou conta das plataformas, com usuários utilizando a hashtag #TodasSomosDebora para provar solidariedade à manifestante, detida durante as manifestações de 8 de janeiro de 2023.
A mobilização sugere aos participantes que compartilhem uma foto com um batom, simbolizando o ato que levou Débora à pena. A cabeleireira foi sentenciada por usar o cosmético para redigir a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, durante as ações que ocorreram em seguida a invasão aos prédios dos Três Poderes. A campanha visa reclamar contra o que os apoiadores consideram uma punição desproporcional e injusta.
A Controvérsia e a Sentença
O julgamento de Débora gerou repercussão não somente pelo valor da pena, mas pela forma uma vez que ela foi penalizada. Além dos 14 anos de prisão, sendo 12 anos e seis meses a serem cumpridos em regime fechado, a cabeleireira foi multada em R$ 30 milhões, quantia que deve ser paga solidariamente com os outros réus do processo.
O voto do ministro-relator Alexandre de Moraes, divulgado na última sexta-feira (21), tem sido amplamente discutido nas redes sociais. Muitos consideram a sentença severa, principalmente em confrontação com as punições de outros réus envolvidos em atos de violência durante as manifestações. A decisão, que gerou o protesto online, trouxe à tona questões sobre a isenção no tratamento de crimes cometidos durante o período pós-eleitoral.
A Mobilização nas Redes Sociais
A campanha #TodasSomosDebora tem sido promovida por diversos perfis influentes. A vereadora Comandante Nadia (PL), de Porto Satisfeito, foi uma das principais responsáveis pela divulgação, usando suas redes sociais para criticar a pena e pedir uma estudo mais equilibrada das ações do STF. Em um vídeo postado no Instagram, ela questiona: “Enquanto criminosos perigosos estão soltos, uma mãe de duas crianças recebe nascente tratamento. Essa é a ‘justiça’ que querem impor?”. A vereadora possui 64,5 milénio seguidores e, por meio de seu perfil, a mensagem ganhou ainda mais força.
A influenciadora Iara Perez, com 62,5 milénio seguidores no Twitter/X, também se uniu à motivo, compartilhando a campanha e a foto com o batom, além de substanciar a teoria de que a sentença foi desproporcional. No Instagram, a campanha se espalhou com fotos de diversas mulheres segurando batons, uma vez que forma de protesto contra o que consideram um excesso de punição.
A Repercussão Política e Jurídica
O caso gerou repercussão em diferentes esferas, inclusive na política. A campanha ganha respaldo de alguns setores da oposição, que criticam a postura do STF, enquanto outros defendem a decisão uma vez que uma medida rigorosa, mas necessária, para testificar a ordem pública e prometer que ações uma vez que as de 8 de janeiro não se repitam.
Em suas postagens, as participantes da campanha questionam o desequilíbrio percebido no tratamento dos réus. “Em breve, essa arma perigosamente destruidora será proibida. É um totalidade sem razão, é coisa de psicopata”, zombou uma das participantes da campanha, em tom de sátira à sentença e ao ato que levou a cabeleireira à prisão.
A discussão sobre a pena de Débora dos Santos e as campanhas de espeque levantam questões mais amplas sobre a justiça brasileira, a emprego de penas em manifestações políticas e a provável disparidade nas sentenças dadas a diferentes réus envolvidos nos protestos de 2023.
O Desfecho do Caso
O porvir de Débora e dos outros réus dependerá da resposta do sistema de justiça, à medida que os processos continuam a se desenrolar. No entanto, a hashtag #TodasSomosDebora já se tornou um símbolo de protesto contra o que muitos veem uma vez que uma penalização excessiva e desproporcional para uma ação que, em sua visão, não deveria ter levado a uma sentença tão dura.
Em meio a essa disputa de narrativas, o país segue dividindo-se em torno de um caso que, para muitos, é um revérbero das tensões políticas que marcaram o Brasil em seguida as eleições de 2022. A discussão sobre os limites da liberdade de frase, as manifestações e o papel da justiça neste cenário continuará a gerar debates intensos.
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