O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federalista (STF), votou nesta quinta-feira (20) contra os recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo general Braga Netto, que buscavam impedir a atuação dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento da denúncia sobre uma suposta tentativa de golpe.
Em 2020, Bolsonaro nomeou Nunes Marques para o STF, substituindo o ministro Celso de Mello, depois sua aposentadoria. Com o voto de Nunes Marques, o STF já conta com oito votos favoráveis para manter a participação de Moraes, Dino e Zanin no julgamento do caso, que envolve o núcleo 1 da denúncia.
Bolsonaro e Braga Netto fazem segmento de um grupo que será julgado pela Primeira Turma do STF na próxima terça-feira (25), quando será sentenciado se os dois se tornarão réus no caso.
No mês pretérito, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, já havia refutado os pedidos da resguardo de Bolsonaro para alongar os ministros Zanin e Dino. Em resposta, os advogados do ex-presidente recorreram da decisão e solicitaram que o plenário da Galanteio analisasse a questão.
A resguardo de Bolsonaro ressalta que Flávio Dino, enquanto ministro da Justiça no início do governo Lula, entrou com uma queixa-crime contra o ex-presidente, o que, segundo os advogados, o tornaria parcial para julgar o caso.
Já no caso de Zanin, a resguardo de Bolsonaro afirma que o ministro foi legista da campanha de Lula nas eleições de 2022 e, por isso, deveria ser distante, já que havia entrado com ações contra a placa de Bolsonaro.
Da mesma forma, a resguardo de Braga Netto pediu o encolhimento de Alexandre de Moraes, relator da denúncia, alegando que o ministro é uma das vítimas da suposta trama golpista e, portanto, não poderia atuar no julgamento. O presidente do STF, no entanto, negou esse pedido também.
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