O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) não vai investigar a cantora e pastora Baby do Brasil por pedir que vítimas de desfeita sexual perdoem seus agressores. As declarações foram feitas durante um douto evangélico.
A Promotoria de Justiça de Direitos Humanos arquivou uma representação da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) contra Baby do Brasil. A decisão afirma que a cantora “fez uso de sua liberdade religiosa e liberdade de frase”.
– Não há, em consequência, providências judiciais ou extrajudiciais a serem adotadas por esta Promotoria de Justiça – diz a decisão de arquivamento.
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Os promotores Marcelo Otávio Camargo Ramos e Clarissa Chagas Donda defendem que a conduta “não configura ilícito” e que, por isso, não cabe ao poder público julgar a “adequação, pertinência ou oportunidade” das declarações.
– A repercussão negativa da fala da artista representada, por si só, é desdobramento oriundo da liberdade de frase, cabendo aos próprios ouvintes de tal fala exercerem seu pensamento crítico sobre as mensagens veiculadas – afirmam os promotores.
O douto ocorreu no dia 10 de fevereiro na mansão noturna D-Edge, em São Paulo.
– Perdoa tudo o que você tiver no seu coração cá hoje nesse lugar. Se teve desfeita sexual. Perdoa! Se foi da família? Perdoa – disse Baby do Brasil.
O possuidor da boate, Renato Ratier, que organizou o evento, compartilhou uma nota pública em suas redes sociais repudiando as declarações da cantora. Ele afirmou que o douto tinha a intenção de promover “paixão, reverência e transformação” e prestou solidariedade às vítimas de violência sexual.
*AE
https://www.aliadosbrasiloficial.com.br/noticia/mp-sp-nega-pedido-de-samia-para-investigar-baby-do-brasil/Manancial/Créditos -> Aliados Brasil Solene