O deputado federalista Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve ser escolhido para presidir a Percentagem de Relações Exteriores e Resguardo Vernáculo (CREDEN) da Câmara dos Deputados, segundo afirmou o líder do PL na Vivenda, Sóstenes Cavalcante (RJ), neste domingo (16). A enunciação foi feita durante um ato em resguardo da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, dias antes da instalação das comissões permanentes.
“Uma vez que líder do PL, eu venho cá para expor que o PT e o STF tentaram impedir do Eduardo Bolsonaro ser o presidente da Percentagem de Relações Exteriores, mas estou cá para expor que o PT e o STF perderam e Eduardo será o presidente”, disse Cavalcante.
O PL reivindicou o comando da CREDEN e da Percentagem de Segurança ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por ter a maior bancada da Vivenda, com 95 deputados. No entanto, a verosímil escolha de Eduardo Bolsonaro gerou resistência do PT, que tentou barrar sua indicação. O partido se opõe à escolha devido às articulações do deputado nos Estados Unidos contra a denúncia apresentada pela PGR contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por suposta tentativa de golpe de Estado.
Na semana passada, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o partido abriria mão de qualquer percentagem permanente para impedir que Eduardo assumisse a CREDEN. “Logo ele está usando o procuração parlamentar dele para violentar o Poder Judiciário do Brasil e para testilhar o Brasil”, criticou Lindbergh.
Além da ofensiva política, Lindbergh acionou o Supremo Tribunal Federalista (STF) pedindo a mortificação do passaporte de Eduardo Bolsonaro, que atualmente está nos EUA. O ministro Alexandre de Moraes solicitou um parecer da Procuradoria-Universal da República (PGR) sobre a notícia-crime apresentada pelo PT.
“Se ele optar por ser presidente da Percentagem de Relações Exteriores, nosso pedido é muito muito fundamentado, ele vai sem passaporte”, disse Lindbergh.
Posteriormente a ação de Moraes, Eduardo Bolsonaro classificou o pedido uma vez que uma perseguição e fez críticas ao ministro. “Tiranos temem exposição. Agora, parece que Alexandre de Moraes quer que meu passaporte seja apreendido porque minhas denúncias nos EUA sobre a repreensão e perseguição do Brasil contra a oposição são verdadeiras e estão ganhando força”, escreveu nas redes sociais.
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