Margareth Menezes e a Controvérsia das Contratações com Verba Pública: O Uso de R$ 640 milénio no Carnaval de 2025
Em um cenário de festas e celebrações, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, se viu no meio de uma polêmica que envolve o uso de verba pública para financiar sua agenda de shows durante o Carnaval de 2025. O totalidade de R$ 640 milénio, pagos pelas prefeituras de Salvador e Fortaleza, gerou questionamentos sobre a moral e a transparência no uso de recursos públicos para contratar uma figura do governo. Essa quantia, equivalente a mais de um ano do salário bruto da ministra, levanta discussões sobre conflitos de interesse e a legitimidade de tais pagamentos. Vamos explorar os detalhes e as implicações dessa situação.
O Caminho da Contratação: Entre Prefeituras e Show Privado
A cantora Margareth Menezes, que também ocupa o missão de ministra da Cultura, teve sua agenda de shows financiada com verba pública em Salvador e Fortaleza entre 27 de fevereiro e 3 de março de 2025. Os contratos foram realizados por meio da empresa Pedra do Mar Produções Artísticas LTDA, a qual detém a exclusividade de sua curso. No totalidade, ela se apresentou em sete eventos, sendo três financiados pelas prefeituras, três com base do governo da Bahia e um privado.
Em Salvador, a Prefeitura contratou a artista por R$ 290 milénio para duas apresentações importantes durante o Carnaval. A primeira ocorreu na orifício do Carnaval, em 27 de fevereiro, quando a cantora celebrou os 40 anos do Axé Music, e a segunda no Trio Pipoca, no domingo de Carnaval, dia 2 de março. A gestão de Jerônimo Rodrigues, atual governador da Bahia, também apoiou eventos porquê o Conjunto Os Mascarados e o Trio da Cultura, realizados pela ministra.
Já em Fortaleza, a Prefeitura lugar pagou R$ 350 milénio para a apresentação de Margareth no Carnaval, com valores detalhados para cachê, equipe e custos com hospedagem e alimento.
A Decisão da Percentagem de Moral Pública: Um Novo Entendimento
Em meio às críticas, a situação se complica com o posicionamento da Percentagem de Moral Pública da Presidência da República (CEP). Em 2023, a percentagem recomendou que a ministra se abstivesse de receber benefícios públicos para a realização de eventos, considerando que ela deveria evitar qualquer tipo de remuneração dos entes públicos em razão do missão. Porém, no início de 2025, uma reavaliação levou a CEP a mudar de entendimento.
O novo parecer da percentagem, que autoriza Margareth a realizar shows pagos com numerário de estados e municípios, contanto que não envolvam o uso de mecanismos federais de incentivo à cultura, gerou debates acalorados sobre a relação entre o missão público e a atividade artística. A percentagem argumentou que, se não houver vínculo direto entre a ministra e os contratos das prefeituras, não há conflito de interesse.
Essa mudança de posição, principalmente em um governo que destituiu membros do órgão com mandatos até 2025, levanta dúvidas sobre a imparcialidade e a transparência da Percentagem de Moral, composta, em sua maioria, por indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Processo de Contratação: Inexigibilidade de Licitação
As contratações de Margareth Menezes foram realizadas por meio de um processo de inexigibilidade de licitação, uma prática geral em eventos públicos de grande porte que envolvem artistas de renome. Isso significa que, ao invés de passar por um processo competitivo, os contratos foram fechados diretamente com as prefeituras, o que é legalmente permitido em situações que envolvem apresentações artísticas específicas.
Enquanto Salvador gastou R$ 290 milénio, Fortaleza desembolsou R$ 350 milénio. No caso da capital baiana, a gestão municipal utilizou a Empresa Salvador Turismo (Saltur) para firmar o contrato. O governo da Bahia, por sua vez, também colaborou com o financiamento de algumas apresentações de Margareth, mas não divulgou os valores envolvidos, aumentando a opacidade do processo.
O Orçamento Detalhado de Fortaleza
Em Fortaleza, os R$ 350 milénio foram distribuídos entre várias despesas, com destaque para o cachê da ministra, de R$ 150 milénio. Ou por outra, R$ 34,1 milénio foram destinados à empresária Jaqueline Matos de Azevedo, que gerencia a curso de Margareth, enquanto R$ 80 milénio cobriram custos de transporte, hospedagem e alimento. Outros R$ 52,5 milénio foram destinados ao pagamento de impostos, uma segmento importante do orçamento.
No entanto, a proposta enviada à Secretaria de Cultura de Fortaleza ainda estipulou que a divulgação do evento precisaria ser previamente aprovada pela equipe da cantora, o que gerou novas especulações sobre o controle que a artista tem sobre o uso de sua imagem em campanhas patrocinadas com numerário público.
A Férias da Ministra: Uma Decisão Polêmica
A ministra Margareth Menezes também foi objectivo de críticas por ter solicitado férias para realizar esses shows. Em um momento em que a função pública exigiria sua dedicação ao Ministério da Cultura, a cantora decidiu tirar um período de folga justamente para trabalhar em blocos e festas de Carnaval, o que gerou um evidente desconforto no cenário político. Embora seja compreensível que a cantora tenha compromissos profissionais, a decisão de isolamento durante um período de grande visibilidade política gerou questionamentos sobre a prioridade dada a sua atuação pública.
O Debate sobre Transparência e Moral
Essa situação traz à tona uma discussão importante sobre a moral e a transparência no uso de recursos públicos. A possibilidade de uma ministra, que tem a responsabilidade de gerir verbas federais para a cultura, ser contratada por governos estaduais e municipais com verba pública levanta questões sobre o papel do governo e o risco de favorecimentos. Por fim, a contratação de artistas com verbas públicas é um pouco que deve ser feito com totalidade perspicuidade e sem qualquer percepção de conflito de interesse.
A mudança de entendimento da Percentagem de Moral Pública, que, em 2023, havia recomendado que Margareth se abstivesse de receber numerário público, coloca ainda mais pressão sobre a questão da imparcialidade no governo. A falta de transparência nos contratos, somada às diversas mudanças de posição de órgãos governamentais, exclusivamente reforça a urgência de uma revisão mais profunda sobre as práticas relacionadas ao uso de recursos públicos para contratações artísticas.
Peroração: O Horizonte das Contratações Artísticas com Verba Pública
O caso de Margareth Menezes e as contratações para o Carnaval de 2025 será, sem incerteza, um ponto de debate contínuo sobre o uso de verbas públicas em eventos culturais. O questionamento sobre o papel da Percentagem de Moral Pública e o caráter transparente desses contratos certamente continuará a ser discutido nos próximos meses, principalmente em um ano eleitoral. O que está em jogo não é exclusivamente a figura da ministra, mas também o padrão de governançae as práticas de gestão pública no Brasil.
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