Líder do PL bate o martelo sobre presidência da comissão.

O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, reafirmou que Eduardo Bolsonaro será o presidente da Percentagem de Relações Exteriores e Resguardo Vernáculo (CREDN), independentemente de pressões externas. A enunciação foi feita em resposta a tentativas do Partido dos Trabalhadores (PT) de barrar a nomeação, incluindo um pedido à Procuradoria-Universal da República (PGR) para apreender o passaporte de Eduardo.

Sóstenes enfatizou que a escolha é uma decisão legítima e inegociável do PL, maior bancada da Câmara com 92 deputados, o que lhe dá prioridade na escolha de comissões. A CREDN é responsável por temas uma vez que política externa e resguardo pátrio, áreas estratégicas para o PL. O líder do partido destacou que a democracia será respeitada, com ou sem o passaporte de Eduardo.
A indicação de Eduardo Bolsonaro para presidir a CREDN foi anunciada por Sóstenes ao Estadão em 26 de fevereiro de 2025, com a instalação das comissões prevista para posteriormente o Carnaval.

O PL vê a liderança de Eduardo uma vez que uma forma de fortalecer sua influência internacional, principalmente com os Estados Unidos, onde ele mantém laços com o governo de Donald Trump. Nos últimos meses, Eduardo intensificou viagens aos EUA, criticando a Justiça brasileira e buscando esteio para pautas conservadoras. A presidência da percentagem também é vista uma vez que uma plataforma para sua campanha ao Senado por São Paulo em 2026. O PT, por outro lado, alega que Eduardo usará o missão para guerrear o Supremo Tribunal Federalista (STF) e interferir no julgamento de Jair Bolsonaro.

A ofensiva do PT, liderada por Lindbergh Farias, procura impedir que Eduardo assuma a CREDN, argumentando que ele representa interesses da extrema direita global contra o Brasil. Apesar disso, o regimento da Câmara dá ao PL o recta de indicar o presidente da percentagem, e a eleição ocorre por votação secreta entre os membros do colegiado. Sóstenes reiterou em 11 de março de 2025, via redes sociais, que não há pressão capaz de mudar a decisão do partido, reforçando a posição de Eduardo uma vez que escolha consolidada.

A instalação da CREDN e a eleição de seu presidente devem ocorrer nas próximas semanas, definindo o desfecho desse embate político. O resultado influenciará tanto a atuação do PL quanto as tensões entre governo e oposição no Congresso.