O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, já assinou sua filiação ao Progressistas (PP), mas mantém a mudança em sigilo por estratégia política, segundo aliados. A decisão faz segmento de seu projecto para concorrer a um função majoritário em 2026, seja para o Senado ou até mesmo para o governo paulista, caso Tarcísio de Freitas (Republicanos) opte por disputar a Presidência da República.
A saída de Derrite do PL de Jair Bolsonaro já foi acertada, mas ainda não foi anunciada oficialmente. Segundo a cúpula do PP, o partido pretende lançá-lo para um função relevante nas próximas eleições, e a mudança teria sido motivada também por questões ideológicas, já que Derrite consideraria o PL “muito radical”. Outrossim, ele mantém possante relação com o presidente estadual do PP, Maurício Neves.
Cenário eleitoral e espeque de bolsonaro
Nas próximas eleições, duas vagas para o Senado estarão em disputa por São Paulo, e o PL já articula a candidatura de Eduardo Bolsonaro, que também é cogitado para concorrer ao Palácio do Planalto, caso Jair Bolsonaro permaneça inelegível.
Outro nome possante no PL é o presidente da Parlamento Legislativa de São Paulo, André do Prado, que poderia ser opção para o governo paulista ou até mesmo para vice-governador, dependendo da decisão de Tarcísio de Freitas.
O senador Ciro Nogueira, presidente vernáculo do PP, já declarou que escolher Derrite para um função majoritário é uma das prioridades do partido para 2026.
“A candidatura de Derrite dependeria do espeque de Bolsonaro e do atual governador”, disse Nogueira.
Por outro lado, aliados de Tarcísio consideram que Derrite não tem força política suficiente para disputar o governo estadual. Ele é visto uma vez que um político de taxa única, focado exclusivamente na segurança pública, e não é reconhecido uma vez que um gestor com visão ampla de governo.
Desgastes na segurança pública
Embora tenha conquistado visibilidade ao longo da gestão de Tarcísio, Derrite também acumulou crises e desgastes políticos, mormente devido a casos de insulto policial e falhas na transporte da segurança no estado.
A situação se agravou com o assassínio de Antônio Vinícius Gritzbach, ocorrido à luz do dia no Aeroporto de Guarulhos, em novembro. O violação teve a participação de policiais militares e envolveu suspeitas sobre a atuação da partido criminosa PCC.
Depois o incidente, Tarcísio pressionou Derrite a reformular sua gestão na pasta da Segurança Pública. A pedido do governador, o secretário cancelou uma viagem aos Estados Unidos, que faria dois dias depois do violação. No entanto, uma vez que revelado pela prelo, ele participou de uma sarau em Maresias na mesma noite do assassínio, escoltado de membros da cúpula da Polícia Militar.
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