Vera Magalhães se revolta com Lula

Desafeto público do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a colunista do jornal carioca O Mundo, Vera Magalhães, perdeu a paciência com o presidente Lula (PT) neste seu terceiro procuração no Palácio do Planalto.

Em seu item, intitulado Lula Precisa de Seu Próprio Desenrola, publicado nesta quarta-feira (26), a jornalista simpática à esquerda afirma que a “maneira tortuosa de conduzir o governo, que inclui lentidão em decisões e fritura desnecessária de auxiliares, só complica crise do governo”.

– Num momento em que atira para vários lados em procura de uma projéctil de prata que lhe devolva a popularidade ainda em queda, o presidente Lula carece, neste terceiro procuração, de seu próprio Desenrola, pois vem se esmerando em dificultar ainda mais as coisas para si – observou. Sobre a exoneração de Nísia Trindade do Ministério da Saúde, Vera diz que Lula “expôs uma investigador respeitada no meio acadêmico a um desgaste desnecessário e imerecido”, e classificou o incidente porquê “humilhação pública”.

– Sim, porque uma coisa é reconhecer que Nísia padecia de problemas de gestão (…) Outra, completamente dissemelhante, é subordinar uma facilitar a humilhação pública.

A colunista condena a “forma atabalhoada porquê Lula vem conduzindo os processos nessa sua volta ao Planalto” e destaca que a maneira porquê o petista age “só dificultará que ele encontre a saída do labirinto de popularidade em que está metido”. Vera Magalhães expõe, agora, sua discordância severa com o governo Lula de modo a imprimir sobre as orações o quão irritada está com o naufrágio de um governo indefensável. Ela desacredita que uma boa estratégia de notícia seja capaz de contribuir positivamente para o governo em meio a tantas falhas.

– É inútil investir em vídeos simpáticos de Lula e Janja nas redes sociais para tentar aumentar a aprovação do petista quando os problemas de fundo seguem tratados na base da tentativa e erro, e mesmo a forma do primeiro escalão atende a critérios tão pouco claros e a um cronograma tão trapalhão. Por termo, o item conclui sugerindo uma fórmula não para o vitória do governo – que parece não ser mais considerado -, mas somente para que Lula não crie ainda mais dificuldades para sua própria recuperação.

– Se o presidente desenrolar seus processos decisórios, de preferência sem queimar aliados na fogueira da desorganização, passar a ouvir mais, retomar a teoria de frente ampla que o elegeu e deixar seu time saber o projeto para estes dois anos de procuração — não um slogan, mas um propósito —, deixará de produzir mais dificuldades para a própria recuperação.