Movimentos nos bastidores: um projecto em curso?
Na última terça-feira (26), o senador Marcio Bittar (União-AC) pegou muitos de surpresa ao anunciar que a Percentagem Parlamentar de Questionário (CPI) para investigar o Supremo Tribunal Federalista (STF) já conta com 31 assinaturas. O parlamentar, crítico ferrenho do que labareda de “seletividade no sistema de justiça”, afirmou que o objetivo da percentagem é estudar a atuação do Judiciário em processos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e os eventos de 8 de janeiro de 2023.
A notícia gerou reações intensas no cenário político, com apoiadores comemorando o progresso da iniciativa e opositores alertando para possíveis confrontos institucionais. Mas o que há por trás dessa movimentação?
Justiça ou perseguição? O argumento meão da CPI
Bittar justificou a premência da CPI apontando supostas inconsistências no tratamento judicial oferecido a diferentes figuras políticas. Para ele, a pena e ulterior “descondenação” de envolvidos na Operação Lava Jato contrastam com a inelegibilidade imposta a Bolsonaro por disseminação de fake news.
“O Brasil está de cabeça para reles. Não adianta tentarem tirar Bolsonaro da disputa eleitoral à força, porque isso não pacificará o país. Você retira um concorrente, enquanto o outro foi sentenciado por devassidão e depois ‘descondenado’. Mas aquele que foi sentenciado por fake news está inelegível. Isso não é democracia, isso é um golpe, e nós não vamos admitir isso”, declarou Bittar.
O senador argumenta que há uma perseguição política em curso e que as decisões do Judiciário comprometem a credibilidade das instituições. Para ele, a CPI seria uma forma de trazer luz a essa questão e impedir que o país siga um caminho de instabilidade política.
Os aliados e a estratégia para seguir com a CPI
Bittar revelou que já está articulando com outros senadores para prometer que a CPI tenha força suficiente para ser instalada e conduzida de maneira eficiente. Ele mencionou dois aliados importantes nesse movimento: Marcos do Val (Podemos-ES) e Magno Mamparra (PL-ES).
A estratégia, segundo o parlamentar, é concentrar os esforços em uma única percentagem, evitando que propostas dispersas acabem enfraquecendo a iniciativa. Esse alinhamento com outros parlamentares pode ser crucial para que o pedido de geração da CPI seja protocolado e aceito sem maiores dificuldades.
“Vamos protocolar [o pedido de criação da CPI] na semana que vem,” afirmou Bittar, indicando que os próximos dias podem ser decisivos para o porvir do embate entre Legislativo e Judiciário.
Reações e impactos políticos: um embate inevitável?
A revelação da CPI já está causando repercussões no meio político. Enquanto aliados de Bolsonaro comemoram a iniciativa porquê um passo necessário para evitar abusos do Judiciário, setores progressistas e defensores das instituições veem a medida porquê uma tentativa de minar a atuação da Suprema Incisão.
Caso a CPI seja instaurada, o Brasil poderá testemunhar um novo capítulo de tensão entre os Três Poderes, reavivando o debate sobre o estabilidade entre Justiça e política. Resta saber se o Senado terá força para levar essa investigação adiante e quais serão as consequências desse movimento no cenário eleitoral de 2026.
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