A denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentada pela Procuradoria-Universal da República (PGR) em 18 de fevereiro de 2025 ao Supremo Tribunal Federalista (STF), tem enfrentado questionamentos tanto por segmento da resguardo quanto de figuras públicas e especialistas. Assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, a denúncia aponta Bolsonaro uma vez que líder de uma suposta organização criminosa que tentou executar um golpe de Estado posteriormente as eleições de 2022, com cinco crimes imputados: organização criminosa armada, tentativa de cessação violenta do Estado Democrático de Recta, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. No entanto, diversos pontos da denúncia estão sob escrutínio.
A resguardo de Bolsonaro reagiu imediatamente, classificando o documento uma vez que “inepto”, “precário” e “incoerente”. Em nota divulgada no dia 18, os advogados Fabio Wajngarten e Paulo Cunha afirmaram que a denúncia se baseia exclusivamente na delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, e que faltam provas concretas, uma vez que mensagens diretas de Bolsonaro que corroborem as acusações. Eles destacaram que Cid mudou sua versão “inúmeras vezes”, sugerindo que a narrativa apresentada seria “fantasiosa” e possivelmente influenciada por pressões externas, conforme áudios vazados do delator indicariam.
O senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente e atual presidente do Senado, também criticou a denúncia, chamando-a de “farsa” e “vergonha”. Em declarações feitas em 19 de fevereiro, ele argumentou que um golpe exige ações concretas, uma vez que uso de força militar, e não exclusivamente reuniões ou intenções, questionando a solidez dos indícios. Mourão já havia minimizado as articulações investigadas uma vez que uma “conspiração tabajara” em 2024, antes da denúncia formal, reforçando que não viu resultados práticos que justificassem as acusações.
O jurisperito André Marsiglia, em entrevista à CNN Brasil no dia 19, levantou dúvidas sobre a capacidade do STF de julgar o caso de forma técnica, apontando uma politização da Incisão que poderia comprometer a imparcialidade. Ele citou o sindicância das fake news, levado por Moraes desde 2019, uma vez que um marco que teria exitante a credibilidade do tribunal, sugerindo que o julgamento de Bolsonaro carrega um “vício inevitável” devido ao histórico de embates entre o ex-presidente e o STF.
A denúncia também é questionada por sua subordinação da delação de Cid, homologada em 2023 e mantida por Moraes em 2024 apesar de inconsistências apontadas pela Polícia Federalista. Cid admitiu em depoimentos que Bolsonaro ordenou o monitoramento de Moraes em dezembro de 2022, mas negou saber de planos específicos de homicídio, uma vez que o “Punhal Virente e Amarelo”, que a PGR associa ao ex-presidente.
Esses pontos geram controvérsia sobre a robustez das provas, já que a denúncia se apoia em interpretações de conversas e intenções, sem evidências materiais diretas amplamente divulgadas até o momento.
Os próximos passos incluem a estudo da denúncia pela Primeira Turma do STF, sob relatoria de Moraes, mas a falta de consenso sobre os fundamentos da denúncia mantém o caso sob intenso debate. Enquanto a PGR e o STF defendem a seriedade da trama golpista, as críticas sugerem que questões processuais e a fragilidade de algumas evidências podem dificultar a legalização unânime da denúncia, prolongando a incerteza jurídica em torno do ex-presidente.
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