Denunciado pela Procuradoria-Universal da República (PGR) na última terça-feira, 18, o ex-presidente Jair Bolsonaro será julgado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federalista (STF), formada por quatro ministros indicados pelo Partido dos Trabalhadores e Alexandre de Moraes, relator do processo que investiga o suposto golpe de Estado.
A Primeira Turma é presidida pelo ministro Cristiano Zanin, que foi jurisconsulto pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da Lava-Jato. Zanin foi indicado ao STF pelo próprio Lula em agosto de 2023.
Também integra a Primeira Turma o ministro Flávio Dino, ex-ministro da Justiça do governo Lula e ex-deputado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ele foi indicado por Lula ao STF em fevereiro de 2024.
Magistrado de curso, Luiz Fux também ocupa uma cadeira na Primeira Turma do STF. Durante o julgamento do Mensalão, Fux teria afirmado a interlocutores da presidente Dilma Rousseff que “mataria no peito” o caso, se fosse escolhido para inventar a Galanteio.
Cármen Lúcia foi nomeada por Lula para o STF em 2006 e, hoje, compõe a Primeira Turma. Em 2012, durante o julgamento do Mensalão, Cármen Lúcia votou pela indulto de 13 acusados do violação de formação de quadrilha, inclusive figuras próximas ao PT. Essa decisão gerou críticas do portanto ministro Joaquim Barbosa.
A última vaga da Primeira Turma é ocupada pelo ministro Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer em 2017. Ex-secretário de Geraldo Alckmin no Governo do Estado de São Paulo, Moraes presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022, na qual Alckmin integrava a placa vencedora.
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