O ex-presidente Jair Bolsonaro (foto) criticou as acusações da Procuradoria-Universal da República (PGR) que o classificam uma vez que superintendente de um grupo organizado para tentar um golpe de Estado. Em um evento do PL nesta quinta-feira, 20, o ex-presidente afirmou não estar preocupado com o caso e ironizou a denúncia.
Na quarta-feira, enquanto estava na sede do PL em Brasília, Bolsonaro foi notificado oficialmente sobre o prazo para apresentar sua resguardo no processo transportado pela PGR. Durante o oração, Bolsonaro minimizou as mais de 500 páginas do documento apresentado pela PGR, sugerindo que quem precisa se distender tanto “não tem o que mostrar”. Ele ainda afirmou, no contexto das eleições de 2026, que há pessoas mais preparadas do que ele , mas ninguém com o “pele mais grosso”.
“Golpe da Disney”
Bolsonaro também demonstrou desdém em relação à possibilidade de ser recluso, caso a denúncia seja aceita pelo Supremo Tribunal Federalista (STF).
“Estou tranquilo. É o golpe da Disney. Estava lá (nos Estados Unidos) com o Pato Donald e o Mickey e tentei dar o golpe de 8 de janeiro cá. O tempo todo (dizem): ‘Vamos prender Bolsonaro’. Caguei para prisão. A turma que devolveu R$ 5 bilhões em delação premiada não tem nenhum recluso”.
Anistia
No evento, ele reforçou a resguardo pela aprovação do projeto de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Criticou o que considera condenações injustas, mencionando o caso de um varão sentenciado a 14 anos de prisão sem, segundo ele, provas concretas ou individualização da conduta.
Bolsonaro aproveitou o momento para convocar seus apoiadores a participarem de uma revelação em prol da anistia no Rio de Janeiro, marcada para 16 de março. Ele pediu que o ato respeite regras, sem cartazes ou desordem, e disse que poucos terão espaço para discursar. Entre os nomes citados, estão o pastor Silas Malafaia e sua esposa, Michelle Bolsonaro.
Elogios a Lira
Em outro trecho do oração, Bolsonaro elogiou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Destacou que Lira foi decisivo para levar adiante as pautas de seu governo e sugeriu que sem ele, zero teria avançado. “Se fosse um ‘gravatinha limpinha’, as coisas não teriam percorrido”, afirmou.
“Fomos buscar aliados na Câmara. Se não fosse essa pessoa que eu falo o nome depois. Muitas vezes a gente fala o nome e já dão uma cambalhota: “Esse face não”. Estou indo para guerra, eu vou pegar um gravatinha, um limpinho da Câmara para conduzir esse processo? Peguei o Arthur Lira, que resolveu o problema, botou em taxa tudo que eu queria. Obrigado, Arthur Lira. Tem seus problemas? Pode ter, mas se fosse um gravatinha limpinho na presidência não teria resolvido”. Informações O Opositor
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