Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, está em uma situação de expectativa e preocupação com a possibilidade de uma denúncia formal contra ele. A espera é pela decisão da Procuradoria-Universal da República (PGR) sobre a apresentação de uma arguição no Supremo Tribunal Federalista (STF) por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado.
A delação premiada de Cid, homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, é um ponto medial nesta investigação.
A principal manadeira de tensão para Cid é a manutenção ou não do sigilo sobre sua delação. Até agora, o teor da delação permanece em sigilo, mas há expectativa de que, com a denúncia, o sigilo possa ser levantado. Isso permitiria que informações detalhadas sobre o que Cid revelou à Polícia Federalista (PF) fossem expostas, potencialmente implicando mais pessoas ou confirmando acusações já feitas contra figuras uma vez que Bolsonaro e seus aliados.
O receio de Cid em relação à queda do sigilo é compreensível, uma vez que a revelação do teor da delação pode ter implicações legais e pessoais significativas. Se o sigilo for retirado, não só a sua segurança pode estar em risco, mas também a validade e os termos de seu concórdia de colaboração premiada podem ser questionados ou revistos, dependendo do que for revelado.
Fontes indicam que a PGR está na período final de estudo do relatório da PF, que contém mais de 800 páginas de provas e depoimentos, incluindo a delação de Cid.
A expectativa é que a denúncia seja oferecida nos próximos dias, o que poderia levar à início do sigilo, principalmente se a investigação proceder para a período de ações judiciais formais.
Cid, que já foi recluso e solto no contexto desta investigação, tem colaborado com as autoridades, fornecendo informações valiosas sobre os planos golpistas e outras atividades supostamente ilegais durante o governo Bolsonaro. No entanto, a delação trouxe consigo a responsabilidade de continuar contribuindo com novas informações, o que pode ser mais difícil se o sigilo for quebrado e ele se tornar um claro ainda mais visível.
A situação de Cid é um revérbero das complexidades e riscos inerentes a delações premiadas, onde a colaboração com a justiça pode prometer benefícios legais, mas também expor o colaborador a novas ameaças e incertezas legais, principalmente quando envolve figuras de cimo calibre na política e na governo pública.
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