Durante um evento em Enseada dos Reis (RJ) em 17 de fevereiro de 2025, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o povo brasílico é “assaltado” por intermediários na prisão de distribuição de combustíveis. Ele destacou que o preço do botijão de gás sai da Petrobras por muro de R$ 35 a R$ 40, mas chega ao consumidor final entre R$ 120 e R$ 140, dependendo do estado. Lula também mencionou que a gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04 por litro e é vendida por até R$ 6,49 nas bombas. Ele sugeriu que a estatal deveria vender diretamente aos consumidores para reduzir os custos.
Lula atribuiu a diferença de preço ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), %2C%20)cobrado pelos estados, e às margens de lucro das distribuidoras e revendedoras. Ele defendeu que a Petrobras não é a principal responsável pelos aumentos e que o povo precisa “saber quem xingar” pelos preços altos. O presidente propôs a venda direta uma vez que solução, eliminando os intermediários que, segundo ele, encarecem os combustíveis. Essa narrativa reflete sua tentativa de desviar críticas ao governo federalista em um momento de baixa popularidade.
A constituição do preço dos combustíveis no Brasil é complexa, envolvendo o dispêndio da Petrobras, os impostos estaduais (ICMS), os impostos federais (PIS/Cofins e Cide), %2C%20)e as margens das distribuidoras e postos.
Em 2024, o preço médio do GLP da Petrobras foi de muro de R$ 45 por botijão de 13 kg, enquanto o consumidor pagava valores muito superiores devido a esses fatores adicionais. O ICMS, que varia entre 12% e 18%, é um componente significativo, mas as margens das empresas privadas também têm um impacto considerável. Lula focou nos intermediários e no ICMS, mas não mencionou os ajustes de preço da Petrobras ou os impostos federais.
A política de preços da Petrobras, que segue um padrão híbrido desde 2023, ajusta os valores com base no mercado internacional e no câmbio, influenciando o dispêndio inicial dos combustíveis. Em 2025, a estatal anunciou um aumento de 6% no diesel em janeiro, o que elevou o preço para as distribuidoras.
Isso mostra que a Petrobras também contribui para os aumentos, contrariando a narrativa de Lula de que ela não tem culpa. A preterição desse traje em seu oração sugere uma simplificação propositado para culpar os estados e os intermediários, enquanto protege a imagem da estatal sob seu controle.
A oposição e especialistas reagiram à fala de Lula, apontando que a responsabilidade pelos preços altos é compartilhada entre a Petrobras, o governo federalista, os estados e as empresas privadas. Governadores já rebateram críticas similares no pretérito, destacando que o ICMS é exclusivamente segmento do problema e que a política de preços da Petrobras é um fator determinante.
A proposta de venda direta enfrenta desafios logísticos e legais, além de resistência das distribuidoras, que desempenham um papel precípuo na prisão de aprovisionamento. Assim, a solução apresentada por Lula é vista uma vez que simplista e de difícil implementação.
A enunciação de Lula reflete uma estratégia política para enfrentar a queda de sua aprovação, que atingiu 24% segundo o Datafolha, e responder às críticas sobre o dispêndio de vida. Ao culpar os intermediários e os governadores, ele procura desviar a atenção das responsabilidades do governo federalista e da Petrobras, enquanto promove a teoria de um programa uma vez que o “Gás pra Todos”, previsto para abril de 2025. No entanto, a dificuldade da formação dos preços e a influência da estatal mostram que sua narrativa é parcial, ignorando fatores sob seu controle e simplificando um problema estrutural para fins de notícia política.