A oposição ao governo Lula, liderada pela deputada federalista Júlia Zanatta (PL-SC), lançou em 11 de fevereiro de 2025 um solicitação contra o Drex, a moeda do dedo do Banco Médio do Brasil. A iniciativa, apoiada por figuras uma vez que Eduardo Bolsonaro e Nikolas Ferreira, procura pressionar o Congresso a barrar a implementação do projeto, previsto para 2025. Eles argumentam que o Drex representa uma prenúncio à privacidade financeira dos brasileiros. A campanha ganhou tração nas redes sociais, com milhares de assinaturas em poucos dias.
O Drex, desenvolvido desde 2020 pelo Banco Médio, é uma moeda do dedo baseada em tecnologia de registro distribuído (DLT), com conversão 1:1 com o real. O objetivo é modernizar o sistema financeiro, facilitar transações internacionais e reduzir custos operacionais, principalmente em operações de atacado. O Banco Médio garante que o Drex respeitará a Lei Universal de Proteção de Dados (LGPD) e o sigilo bancário. Apesar disso, a oposição questiona a capacidade do governo de monitorar e controlar as transações dos cidadãos.
Júlia Zanatta, autora do solicitação, alega que o Drex pode permitir o rastreamento de cada movimentação financeira, comprometendo a liberdade individual.
Ela também apresentou o Projeto de Lei 3341/2024, que proíbe a extinção do papel-moeda em obséquio de moedas digitais, e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para exigir aprovação congressional para sua implementação. A PEC já conta com 129 das 171 assinaturas necessárias. A deputada defende que a população precisa ser informada sobre os supostos riscos da digitalização do numerário.
A oposição associa o Drex ao governo Lula, embora o projeto tenha sido iniciado na gestão de Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro afirmou que a moeda seria uma instrumento de controle social, enquanto Zanatta minimizou a origem do projeto, chamando-o de “teoria ruim” independentemente de quem o criou.
O Banco Médio refuta essas críticas, esclarecendo que o Drex não substituirá o numerário físico ou o Pix. A instituição destaca que a moeda será opcional e focada em transações específicas, uma vez que contratos inteligentes.
A campanha contra o Drex reflete preocupações mais amplas da oposição sobre a convergência do poder e a privacidade financeira. Parlamentares do PL argumentam que a moeda do dedo poderia ser usada para restringir gastos ou bloquear contas sem decisão judicial, embora não apresentem evidências concretas. O governo, por sua vez, enfatiza os benefícios da modernização financeira e da inclusão do dedo. A disputa tem polarizado o debate político, com a oposição buscando mobilizar a sociedade contra o projeto.
O solicitação é segmento de uma estratégia mais ampla do PL para pressionar o governo e fortalecer sua base para as eleições de 2026. Enquanto a oposição intensifica a campanha, o Banco Médio segue com os testes do Drex, iniciados em 2023, envolvendo bancos e fintechs. O sucesso da iniciativa da oposição dependerá de sua capacidade de convencer o Congresso e a opinião pública. O porvir do Drex, por sua vez, será definido pelo estabilidade entre inovação financeira e as preocupações levantadas pela campanha contrária.