Zero está tão ruim que não possa piorar”, segundo um tradicional e corretíssimo ditado popular. Ao contrário do que muitos pensam, não há zero de místico, ou por conta e ordem do eventualidade, no ensinamento supra. Muito porquê a percepção zero mais é do que uma espécie de constatação da verdade pouco percebida, ou seja, de inexplicável ou sobrenatural, não há zero. Situações ruins, na falta de “remédios”, tendem ou irão piorar.
O governo Lula 3 não é ruim; é péssimo! Não somente não entrega o que prometeu porquê entrega o oposto do que prometeu. Exemplo: não somente não entregou a picanha, porquê retirou o patinho da mesa do trabalhador mais humilde. Ou por outra, é um governo sem projecto, sem planejamento, sem rumo, sem bandeiras, sem marca. Discursos vazios, populistas, ainda ligados a temas de 1980, 1990, 2000, que já não colam mais.
Lula continua guerreando contra o “capitalismo americano”, demonizando publicamente “empresários gananciosos que não gostam de pobre andando de avião”, atacando o mercado financeiro “que não quer preto na universidade”, distribuindo cesta básica, dentadura, fralda, esponjoso, gás etc., porquê se os tempos não tivessem mudado e os anseios – inclusive dos mais pobres – não passassem longe de somente invadir coisas básicas.
Choque de verdade
A quebra totalidade do monopólio da informação e a descentralização dos meios de informação impedem que as mentiras oficiais não sejam desmentidas, porquê antes, e que as poucas boas notícias do governo não tomem lugar das inúmeras más notícias. Para cada oferecido positivo, por exemplo, sobre desemprego (que, sim, está muito grave), há um Pix ou uma Janja no meio do caminho. Outro dia, alguém disse acertadamente: “O povo não come PIB.”
No caso do PT, notadamente de sua presidente e porta-voz sempre histriônica, a deputada federalista Gleisi Hoffmann, tanto pior. Ou escolhem lados errados para estribar, porquê o ditador Nicolás Maduro e o grupo terrorista Hamas, ou investem ferozmente – não vasqueiro, mentindo sem pudor qualquer – contra os mensageiros (prensa, iniciativa privada, Banco Médio etc.) das mensagens produzidas pela má governo de seu próprio encarregado.
O lulopetismo culpa e acusa todo mundo, o tempo todo, por tudo de ruim no país, reservando a si, somente os louros (cada vez mais raros). O ministro da Quinta, Fernando Haddad, chamado de Taxadd, diz que o povo não compreende os feitos do governo. Lula culpa o consumidor, que não sabe comprar comida barata, pela inflação. Paulo Pimenta, que caiu e cedeu lugar a Sidônio Palmeira na Notícia, culpava as fake news (quais?).
Faceta de pau olímpica
Depois a divulgação da demolidora pesquisa do Datafolha, na sexta-feira, 14, reforçando a tendência de queda da aprovação e aumento da repudiação ao governo, já capturada por outros institutos anteriormente, a “bateção de cabeça” no lulopetismo atingiu o vértice, e o descolamento da verdade tomou conta principalmente dos próprios Lula e Gleisi, em discursos e publicações completamente “fora da casinha”.
Em evento na própria sexta-feira, no Pará, Lula disse: “Eu quero edificar esse país num país de trabalhador bem-remunerado, de empreendedores bem-sucedidos, um país de classe média. Não pensem que o Lula gosta que as pessoas sejam pobres. Ninguém gosta de manducar mal, ninguém gosta de vestir mal, ninguém gosta de morar mal e é esse país que a gente tem de edificar, e não fazer promessa eleitoral que a gente não cumpre”.
Sim, eu sei. O leitor colega, a leitora amiga devem estar se revirando em cólicas, tamanha a hipocrisia e tamanho o impudência da fala. É tudo o que Lula e o PT sempre pregaram (letrado à pobreza e demonização da riqueza) e sempre fizeram (prometeram e não cumpriram). O exposição caminha na mesma direção, agora, do que seus adversários políticos defendem há décadas, ainda que, uma vez no poder, não pratiquem. Não vai grudar!
Fala, “Crazy Hoffmann”
Já na campanha eleitoral do ano pretérito, assistimos a Guilherme Boulos tutorar o empreendedorismo. Lula falando nisso soa tão falso quanto, e, intuo, fará efeito contrário ao solicitado, já que não irá convencer ninguém. Sobre a classe média, é notório o desprezo do lulopetismo, já assinalado em outros textos meus, a partir de declarações dos próprios: “Eu odeio a classe média” (Marilena Chauí, segundo Lula, uma grande intelectual).
Outra enunciação insana, mas totalmente condizente com o histórico da autora e do próprio partido, partiu de Gleisi Hoffmann. Ao comentar a pesquisa do Datafolha, em que somente 24% dos entrevistados aprovam o governo, a “amante” – das planilhas de propinas dos empreiteiros corruptos flagrados pela operação Lava Jato, porquê recentemente lembrou Deltan Dallagnol – publicou em suas redes sociais:
“A pesquisa Datafolha é o revérbero dos dois meses mais difíceis para levante governo. Tivemos a especulação desenfreada com o câmbio, que também afetou os preços dos víveres, o aumento do imposto estadual sobre a gasolina, as péssimas notícias sobre o aumento dos juros, o terrorismo sobre o resultado fiscal e a maior fake news de todos os tempos, sobre a taxação do Pix”. Sim. É isso mesmo. Vocês entenderam muito.
São incorrigíveis
Em outras palavras, o que a sapiente iluminada petista quis expor foi mais ou menos o seguinte: fazemos tudo notório, mas vocês, burros que acreditam em fake news, e ingratos que não reconhecem porquê somos bonzinhos e eficientes, não entendem. Por isso, nos avaliam mal, ainda que estejam morando muito, comendo muito, se locomovendo de forma rápida e segura, tendo segurança e saúde públicas de primeira, etc. etc. etc.
O descontrole das contas públicas (uma verdade), no Léxico de Língua Gleisiniana é somente “Terrorismo sobre o resultado fiscal”. Os juros de 13.25% ao ano (uma verdade), “Péssimas notícias sobre juros”. A fiscalização, com vias à cobrança de impostos, sobre as transações via Pix (uma verdade, inclusive comprovada pelo O Fator, parceiro do site O Opositor em Minas Gerais), “A maior fake news de todos os tempos”.
A mim não me surpreende zero. Ao contrário. Se tem uma coisa que não nequice é o modus operandi petista. É o tal do “não aprendem zero, não esquecem zero”. E atenção: vem mais por aí. Essa gente sempre prega, redobra e quadruplica suas apostas em más escolhas e más práticas porquê forma de gestão pública e embate político. O assistencialismo eleitoreiro irá aumentar e os ataques e mentiras, idem. Essa turma, mais uma vez, “fará o diabo” para lucrar as eleições. Informações O Opositor