O ex-ministro da Justiça Anderson Torres pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Alexandre de Moraes uma acareação com o ex-comandante do Tropa general Freire Gomes e o ex-comandante da Força Aérea Brasileira tenente-brigadeiro-do-ar Carlos Baptista Júnior. Torres encontra-se em liberdade.
Os dois militares prestaram testemunho à Polícia Federalista e mencionaram que Torres integrava o núcleo jurídico da tentativa de golpe para manter o portanto presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
O que aconteceu?
- Os ex-comandantes contaram à PF que Torres integrava o núcleo jurídico da tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
- No testemunho, o ex-comandante do Tropa Freire Gomes citou que a “minuta do golpe” apresentada por Bolsonaro era idêntica ao papel encontrado pela PF na lar do ex-ministro.
- Torres pediu a acareação e apontou que Freire Gomes tem “memória de elefante” ao ligá-lo à tentativa de golpe.
O pedido foi guiado ao STF e aguarda estudo de Moraes. No documento anexado, a resguardo de Torres argumenta que os comandantes trouxeram elementos que colocam o ex-ministro uma vez que claro das investigações. A acareação serviria para confrontar as versões apresentadas pelos três em um testemunho conjunto.
Os advogados do ex-ministro afirmam que ele não participou de reuniões com o superior comando das Forças Armadas, nas quais teria sido supostamente apresentada a chamada “minuta do golpe”. Segundo a resguardo, não há elementos que comprovem a atuação dele uma vez que assessor jurídico de Bolsonaro nesses encontros.
“Com efeito, a exiguidade de informações claras sobre em que cenário se deu a participação de Anderson Torres nas supostas reuniões é digna de nota, sobretudo no que respeita ao general Freire Gomes, que, diga-se de passagem, ostenta uma ‘memória de elefante’, recordando-se precisamente da íntegra do teor de uma suposta minuta que lhe foi apresentada no ano de 2022, mas não sabendo sequer indicar a data e sítio em que Anderson Torres eventualmente prestou suporte jurídico ao ex-presidente”, alega a resguardo.
Investigação
No pedido de acareação, Torres também solicita esclarecimentos sobre a suposta assessoria jurídica ao ex-presidente. A resguardo questiona por que ele não esteve presente nas reuniões em que foram discutidas medidas antidemocráticas, quantas ocorreram, em qual contexto ele teria auxiliado Bolsonaro e se o ex-presidente estava presente nesses encontros.
Outrossim, o ex-ministro solicitou um novo testemunho à Polícia Federalista. Os advogados argumentam que “a PF ignorou o pleito da resguardo” para esclarecer a relação dele com os dois ex-comandantes. Também pediram que sejam anexados registros de ingressão e saída do Palácio do Alvorada e do Planalto entre 1º de novembro e 31 de dezembro de 2022.
O pedido ainda não foi analisado por Moraes. Caso o ministro avalie a solicitação, o processo será guiado para revelação da Procuradoria-Universal da República (PGR)…..continue lendo