Lucas Costa Brasílio, um dos presos ligados aos eventos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, denunciou ter sido asfixiado com spray de pimenta dentro de um camburão durante sua transferência entre unidades prisionais. A denúncia foi feita através de um relatório da Defensoria Pública do Região Federalista, que ouviu o relato do recluso em janeiro de 2025.
De negócio com o documento, o incidente ocorreu em dezembro de 2024, quando Lucas estava sendo transferido do Núcleo de Detenção Provisória para a Penitenciária do Região Federalista (PDF I). Ele alegou que, durante o transporte, spray de pimenta foi disparado no camburão e as portas foram fechadas, forçando os detentos a inalar a substância tóxica por murado de 5 a 10 minutos. Um policial penal teria dito aos presos para não se preocuparem, pois ele sabia “até quanto tempo a pessoa aguenta”.
A família de Lucas, que é pai de duas crianças, expressou preocupação pela vida dele, temendo retaliações ou mais violência por dentro do sistema penitenciário. A Defensoria Pública do Região Federalista encaminhou o caso para apuração pela Secretaria de Estado de Gestão Penitenciária, embora até o momento não haja sintoma solene sobre as medidas tomadas.
O caso de Lucas Brasílio reflete as denúncias de maus-tratos e violações de direitos humanos dentro das prisões brasileiras, mormente em relação aos detentos ligados aos atos de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos três Poderes da República.
A situação dele está sendo acompanhada por defensores públicos e familiares, que buscam prometer a sua integridade física e psicológica dentro do sistema carcerário.