O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU), pedindo a investigação de supostas irregularidades em contratos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, comandado por Wellington Dias (PT-PI). A denúncia gira em torno da contratação de ONGs para fornecer marmitas a populações vulneráveis, em um caso popularmente publicado uma vez que “quentinhas invisíveis”.
O núcleo da controvérsia está no programa Cozinha Solidária, uma iniciativa do governo federalista que visa combater a instabilidade fomentar em comunidades de baixa renda. A denúncia surgiu quando reportagens investigativas apontaram que algumas organizações contratadas para produzir e repartir as refeições não teriam cumprido suas obrigações, enquanto receberam valores consideráveis.
Uma das ONGs mais mencionadas é a Movimentar Helipa, que firmou um contrato de R$ 5,6 milhões com o Ministério. Apesar de ter ficado em 13º lugar em um solicitação público, a ONG recebeu uma segmento significativa dos recursos. Aliás, as vistorias realizadas apontaram que os endereços indicados uma vez que locais de produção e distribuição de refeições não apresentavam sinais de atividade, o que levanta dúvidas sobre a real realização do programa.
A Movimentar Helipa é liderada por José Renato Varjão, que tem vínculos políticos com o Partido dos Trabalhadores (PT), tendo trabalhado para os deputados Nilto Tatto (PT-SP) e Ênio Tatto (PT-SP). Esse traje gerou especulações sobre possíveis favorecimentos nas contratações, levantando questionamentos sobre a gestão do programa.
Irregularidades e má gestão de recursos públicos
Flávio Bolsonaro argumenta que há “indícios veementes” de improbidade administrativa, citando o caso de marmitas supostamente pagas com recursos públicos que não chegaram à população. Um dos episódios mais emblemáticos envolve um recibo de pagamento de R$ 11 milénio em dezembro de 2024, referente ao fornecimento de refeições, mas somente 250 marmitas (equivalentes a 5% do totalidade previsto) teriam sido efetivamente entregues.
Diante disso, o senador solicitou, ainda, o retraimento repentino do ministro Wellington Dias de suas funções enquanto as investigações estão em curso, argumentando que sua permanência poderia prejudicar a transparência e a integridade do processo investigativo.
Verosímil favorecimento e falhas na fiscalização
Além das suspeitas de improbidade administrativa, a representação de Flávio Bolsonaro destaca o que ele vê uma vez que um “padrão de favorecimento” nas contratações de ONGs, que, mesmo com classificações modestas nos processos de seleção, receberam valores expressivos. Um caso marcante envolve uma sede de uma cozinha solidária listada uma vez que ponto de produção de mantimentos, mas que, segundo reportagens, não exibia qualquer sinal de funcionamento.
José Renato Varjão, presidente da Movimentar Helipa, admitiu que as denúncias se confirmam em duas das 39 cozinhas solidárias vinculadas à organização. Embora tenha reservado que há fiscalização rigorosa, Varjão reconheceu que nem todas as cozinhas foram vistoriadas desde a assinatura do contrato, em dezembro de 2023, o que comprometeria a efetividade da fiscalização e da realização do programa.
Investigação em curso
O caso das “quentinhas invisíveis” segue sob investigação, com o Tribunal de Contas da União e outros órgãos de controle apurando as denúncias de irregularidades. A pressão por uma apuração rigorosa é crescente, mormente diante dos indícios de ramal de recursos públicos e de má gestão em um programa voltado para as populações mais vulneráveis.
As investigações prometem revelar a fundo o funcionamento do programa e os possíveis responsáveis pelas falhas na realização, e a oposição ao governo de Lula aguarda os desdobramentos dessa apuração para exigir maiores responsabilizações.
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