Um estudo da Mar Asset Management indicou que 35,8% da população brasileira será evangélica em 2026, ano da próxima eleição presidencial. Esse índice representa um aumento de 3,7 pontos percentuais na confrontação com 2022, quando a parcela de evangélicos era de 32,1%. Segundo a estudo, essa subida pode ameaçar a possibilidade de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A subtracção das chances de vitória de Lula diante do desenvolvimento do número de evangélicos decorre do vestimenta de que essa fatia do eleitorado tem poderoso oposição ao PT e costuma votar em nomes mais alinhados ideologicamente à direita e aos valores conservadores.
Para concluir que há um risco à reeleição de Lula em 2026, o estudo utilizou números do Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a população evangélica no país em 2000 e 2010, e verificou o aumento do número de templos na confrontação com dados sobre as intenções de voto no PT.
O estudo identificou, com base nessa estudo, que, quanto maior a densidade de templos evangélicos por 100 milénio habitantes, menor é a proporção de votos no PT. Em média, 5 milénio templos evangélicos são abertos por ano no Brasil. Em 2024, o número totalidade era de 140 milénio.
CENÁRIO DE 2022 COM NÚMEROS DE 2026
Em 2022, os dados oficiais das eleições indicaram que Lula recebeu 50,9% dos votos, mas esse percentual teria tombado para 49,8% caso a população evangélica tivesse o mesmo tamanho que terá no ano que vem. Ou seja, o aumento da parcela de evangélicos por si só já seria suficiente para mudar o resultado do pleito.
Lula, em 2022, obteve 50,9% dos votos. Caso a população evangélica tivesse na idade o tamanho que deve ter em 2026, esse percentual teria sido reduzido para 49,8% dos votos válidos, se mantidas as intenções de votos no PT entre evangélicos e não evangélicos iguais a 2022. Seria o suficiente para mudar o resultado.
EVANGÉLICOS COM BOLSONARO
O estudo indicou ainda que, até as eleições de 2018, a avaliação dos evangélicos sobre os presidentes não era muito dissemelhante daquela indicada pelos não evangélicos. No entanto, o apelo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos valores do grupo fez isso mudar. Durante o procuração do líder conservador, por exemplo, os evangélicos o avaliavam mais positivamente do que os não evangélicos.
Com a mudança de presidente, a dinâmica se inverteu, com a avaliação de Lula entre os evangélicos ficando muito inferior da média universal e, por outro lado, aquela apresentada entre os não evangélicos ficando supra da média do público universal.
MIGRAÇÃO PARA A DIREITA
A estudo da Mar Asset Management também identificou que, na última dezena, houve uma clara transmigração do voto dos brasileiros para a direita. Os partidos desse espectro político receberam 43% dos votos em 2024, contra menos de 20% em 2012. As siglas de meio, por sua vez, mantiveram a mesma proporção de 2004. A esquerda, por outro lado, despencou de 37,8% em 2004 para 20,5% em 2024…… Continue lendo