Luiz Inácio Lula da Silva foi visto usando uma gravata de luxo avaliada em R$ 1.680, um dia antes de sugerir publicamente que os brasileiros não comprem produtos caros uma vez que uma forma de controlar os preços. A gravata, da marca Louis Vuitton, foi identificada na prensa uma vez que o padrão usado por Lula em uma cerimônia em Brasília na quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025.
A enunciação de Lula sobre a subida dos preços dos provisões foi feita em uma entrevista às rádios Metrópole e Sociedade da Bahia na sexta-feira, 7 de fevereiro. Ele sugeriu que, se os consumidores desconfiarem que um resultado está custoso, eles simplesmente não deveriam comprá-lo. “Se você vai no supermercado e desconfia que tal resultado está custoso, você não compra. Se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que está custoso, quem está vendendo vai ter que minguar para vender, senão vai estragar”, disse Lula.
A ironia da situação não passou despercebida pela oposição, que criticou o presidente pela aparente incoerência entre seu recomendação e seu próprio comportamento. O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) comentou: “Para Lula, a população, para combater a inflação, não deve comprar o resultado se estiver custoso. Já quando os gastos são do Lula, o firmamento é o limite”. Outros políticos, uma vez que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também compartilharam memes e críticas nas redes sociais, questionando a congruência entre as palavras e ações do presidente.
A repercussão do uso da gravata rostro por Lula ressalta um debate sobre a moralidade pública e a percepção de uma vez que os líderes devem se comportar em relação ao consumo e aos conselhos que dão aos cidadãos, mormente em momentos de crise econômica ou inflação subida.