Em uma entrevista recente, Luiz Inácio Lula da Silva acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de ter deixado um déficit nas contas públicas ao final de seu procuração. No entanto, essa enunciação de Lula foi contestada com base em dados oficiais e análises econômicas.
De contrato com relatórios do Tesouro Pátrio, Bolsonaro deixou o governo em 2022 com um superávit primitivo de R$ 54,1 bilhões, um pouco que não ocorria desde 2013. Esse superávit foi atribuído a várias medidas, incluindo a limitação do pagamento de precatórios e a subida da inflação, que inflou a arrecadação de impostos. Portanto, a asseveração de Lula de que Bolsonaro deixou um déficit não se sustenta com base nos números oficiais do último ano de governo de Bolsonaro.
A sátira de Lula veio em um contexto onde ele mencionou que seu governo recebeu o país com um “rombo” nas contas públicas, o que foi desmentido por várias fontes que apontam para o superávit mencionado.
Outrossim, há uma discussão mais ampla sobre a metodologia de conta dos resultados fiscais, com o governo de Lula introduzindo uma novidade forma de medir o déficit estrutural, que mostrava déficits mesmo para o ano de 2022, mas essa metodologia não altera os dados oficiais de superávit primitivo do período Bolsonaro.
A enunciação de Lula também foi claro de debates nas redes sociais e na prelo, com alguns argumentando que o presidente estaria tentando desviar a atenção dos próprios desafios fiscais enfrentados durante seu procuração. Relatórios indicam que, sob Lula, houve déficits significativos em 2023 e 2024, o que levanta questões sobre a gestão fiscal do atual governo.
Portanto, ao declarar que Bolsonaro deixou um déficit, Lula estaria, segundo as críticas, incorrendo em uma enunciação factualmente incorreta, baseada nos dados disponíveis. Esta situação reflete a polarização política no Brasil, onde declarações de líderes de ambos os lados são frequentemente contestadas com base em interpretações divergentes da verdade econômica e fiscal do país.