O ex-presidente Jair Bolsonaro fez duras críticas à Lei da Ficha Limpa nesta sexta-feira (7/2), em meio a pressões de aliados no Congresso para reduzir o tempo de inelegibilidade de oito para dois anos. De entendimento com Bolsonaro, a lei tem sido utilizada para “perseguir os políticos de direita” e destacou situações de figuras políticas porquê a ex-presidente Dilma Rousseff e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-mandatário questionou o tratamento diferenciado que, segundo ele, foi oferecido a Dilma Rousseff depois seu impeachment em 2016, quando a ex-presidente manteve seus direitos políticos, e a Lula, que depois ser libertado em 2021, teve a possibilidade de concorrer imediatamente nas eleições. “Dilma Rousseff foi cassada pelo Congresso, e no final resolveram fazer uma gambiarra, permitindo que ela pudesse continuar com seus direitos políticos. E com Jair Bolsonaro, qual o violação? Reunir embaixadores?”, provocou Bolsonaro.
Inelegibilidade e Oposição ao TSE
Bolsonaro foi tornado inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois ser criminado de doesto de poder político, ao reunir embaixadores estrangeiros em 2022 para discursar contra as urnas eletrônicas. O ex-presidente também criticou a inelegibilidade de Luciano Hang, empresário bolsonarista, que foi impedido de disputar eleições devido a doesto de poder econômico, apesar de nunca ter se candidatado a qualquer incumbência. “Fizeram uma medida preventiva, para que ele nem sonhasse em disputar uma vaga no Senado”, afirmou.
Com as pressões para a redução do tempo de inelegibilidade, o debate sobre a eficiência e os limites da Lei da Ficha Limpa segue gerando repercussão política, com aliados de Bolsonaro no Congresso tentando revisitar a legislação.
Compartilhe nas redes sociais