A deposição do jornalista Rodrigo Bocardi pela TV Mundo, sob a justificativa de “descumprimento de normas éticas do Jornalismo da Mundo”, tem gerado repercussões que podem levar a uma disputa judicial. Segundo fontes, um departamento jurídico já elaborou um memorando questionando a emprego do Código de Moral da emissora e sinalizou interesse em uma solução extrajudicial antes de considerar uma provável ação.
A informação é do jornalista Alessandro Lo-Bianco. Embora não esteja confirmado se esse departamento representa diretamente Bocardi, o documento levanta questionamentos sobre a uniformidade na emprego das normas da Mundo, argumentando que outros jornalistas teriam cometido infrações semelhantes sem suportar sanções.
Código de Moral em xeque
O memorando menciona casos específicos de profissionais da Mundo que, segundo a estudo, teriam violado regras semelhantes, mas permaneceram na emissora. Entre os exemplos citados está o de Tadeu Schmidt, que, enquanto ainda fazia secção do Fantástico, teria participado de publicidade para uma marca de sabão, um pouco proibido para jornalistas da lar.
Outros casos mencionados incluem supostos contratos de Sandra Annenberg com a Unibrapp, associações passadas de Renata Vasconcellos com um banco, além de conteúdos institucionais feitos por Carlos Tramontina e Poliana para empresas porquê a Vale, sem que tenham sido punidos da mesma forma que Bocardi.
O documento também cita um jornalista do Jornal Pátrio que teria financiado seu tálamo por meio de permutas e publicações patrocinadas no Instagram. Na idade, Ali Kamel, logo diretor da Mundo, teria sido informado sobre o caso, mas optou por não desligar o profissional, reforçando as normas do Código de Moral posteriormente.
Acusações de tratamento desigual
O principal argumento do memorando é que a emissora aplicaria suas regras de forma seletiva, sendo rigorosa em alguns casos e permissiva em outros. O documento afirma que, se as normas fossem aplicadas estritamente, tapume de 70% dos âncoras da Mundo poderiam ser demitidos.
Essa percepção teria levado muitos jornalistas a buscar uma transmigração para o setor de entretenimento, onde as diretrizes seriam menos rígidas.
Até o momento, a Mundo não se pronunciou oficialmente sobre a provável negação jurídica. Nos bastidores, a deposição de Bocardi continua gerando debates sobre transparência e congruência na emprego das regras internas da emissora. Informações Jornal da cidade