O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou a falência da Editora Três, responsável pelas revistas IstoÉ e IstoÉ Moeda, depois o descumprimento do projecto de recuperação judicial legalizado em 2021. A decisão foi proferida pelo juiz Paulo Furtado, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, que apontou a falta de regularização de débitos com credores, incluindo valores devidos a ex-funcionários.
De concórdia com a sentença, a administradora judicial do caso relatou reiteradamente a falta de pagamentos e notificou a empresa sobre as pendências. Mesmo assim, a Editora Três não apresentou comprovação de quitação. O grupo chegou a solicitar o fechamento da recuperação judicial, mas o pedido foi recusado pelo magistrado, que entendeu que o descumprimento das obrigações previstas no projecto justificava a conversão do processo em falência.
Com a decisão, o gestor judicial deverá apresentar, em até 10 dias, a relação atualizada de credores, considerando os valores pagos durante a recuperação e incluindo débitos que não estavam sujeitos ao projecto original. Ou por outra, ficam suspensas todas as ações e execuções movidas contra a empresa.
A falência ocorre poucos dias depois a Editora Três anunciar o termo das edições impressas das revistas IstoÉ e IstoÉ Moeda. O grupo editorial enfrentava dificuldades financeiras há anos e já havia pretérito por outro processo de recuperação judicial anteriormente.
