O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, deputado Altineu Côrtes (RJ), anunciou que começaria no dia 3 de fevereiro de 2025 a fala sobre a anistia dos manifestantes presos depois os eventos de 8 de janeiro de 2023 com o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Esta enunciação foi feita em um contexto onde a anistia é uma das prioridades do PL, mormente devido à pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Côrtes mencionou que a bancada do PL pretende discutir com Motta a possibilidade de pautar o projeto de anistia, que estava estagnado depois a geração de uma percentagem peculiar por Arthur Lira (PP-AL) para tratar do tema. A anistia é vista uma vez que uma questão crucial para o PL, uma vez que muitos dos manifestantes detidos são apoiadores do partido e do movimento bolsonarista. A discussão com Motta é vista uma vez que uma oportunidade para seguir com uma agenda que já foi objeto de intensa negociação no ano anterior.
A fala envolve não exclusivamente a discussão sobre a possibilidade de votar a anistia, mas também uma vez que isso se encaixa na estratégia política do PL para os próximos anos, mormente com vistas às eleições municipais e presidenciais.
A pressão para a votação do projeto de anistia foi um dos pontos que levaram o PL a estribar Motta na eleição para a presidência da Câmara, apesar de inicialmente ter resistência dentro do partido.
Motta, por sua vez, já havia sinalizado que tratará do tema com “a maior imparcialidade provável”, mas sem assumir um compromisso explícito em prol ou contra a anistia. A reunião de líderes, conforme mencionado por Motta, será o fórum onde a questão deverá ser debatida, indicando que ele pretende seguir um processo mais consultivo antes de resolver se ou uma vez que o projeto será levado ao plenário.
A questão da anistia é altamente polarizante, com oposição potente de partidos de esquerda, uma vez que o PT, que argumentam que a anistia poderia ser vista uma vez que uma legitimação de atos antidemocráticos. A fala do PL com Motta, portanto, será um teste para a capacidade de Motta de velejar entre as diferentes forças políticas dentro da Câmara e para a habilidade do PL de seguir com uma taxa controversa em um envolvente político fragmentado.