O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma tempestade política e econômica que pode antecipar seu declínio. Em meio a uma crise de popularidade e um cenário econômico que analistas classificam porquê fracassado, Lula vê sua base de espeque se esfacelar, enquanto a oposição e setores do próprio Congresso testam seus limites.
Pesquisas recentes revelam um declínio significativo na aprovação de Lula. Tradicionalmente um bastião do petismo, o Nordeste registra queda na popularidade do presidente. Segundo levantamentos, a aprovação do governo caiu para 47%, enquanto a desaprovação subiu para 49%, tornando-se a primeira vez na história que a repudiação supera a aprovação.
Os motivos para essa viradela negativa são diversos: a inflação persistente, o aumento dos preços dos vitualhas e combustíveis, a crise do Pix e a percepção de que o governo não entrega o que prometeu. Outrossim, a notícia falta do Planalto tem dificultado a resguardo de suas políticas, alimentando a sociedade insatisfação popular.
Se a crise de imagem já preocupa, o desempenho econômico do governo é ainda pior. Economistas apontam que Lula não conseguiu sofrear a inflação, levando o país a uma recessão técnica. A subida do dólar, incertezas fiscais e o aumento do dispêndio de vida afetam diretamente a população, reduzindo seu poder de compra.
Os cortes no Bolsa Família e o prolongamento do desemprego, mormente no Nordeste, têm gerado insatisfação generalizado. Outrossim, investidores demonstram suspicácia, o que resulta na fuga de capitais e no extenuação da economia. O Brasil, que já foi visto porquê uma potência emergente, agora enfrenta dificuldades para atrair recursos e manter firmeza financeira.
O governo Lula também lida com desafios constantes no Congresso, mormente com o Centrão, conjunto que detém grande influência sobre votações estratégicas. Figuras porquê Ciro Nogueira (PP), Gilberto Kassab (PSD), Arthur Lira (PP) e Marcos Pereira (Republicanos) têm imposto obstáculos ao governo, dificultando sua governabilidade.
Ciro Nogueira, ex-ministro da Vivenda Social de Bolsonaro, lidera a oposição no Senado e articula contra o Planalto. Kassab, presidente do PSD, mantém uma postura pragmática, negociando com o governo, mas sem prometer espeque incondicional.
Arthur Lira, ex presidente da Câmara, serpente mais espaço para aliados, enquanto Marcos Pereira sinaliza insatisfação com a distribuição de cargos e influência política.
Essa instabilidade reforça a fragilidade do governo, que precisa lastrar as pressões do Centrão com sua base mais à esquerda. A falta de habilidade na fala política tem gerado derrotas e dificuldades na aprovação de pautas prioritárias para o Executivo.
O Termo de uma Era?
A combinação de um governo sem entregas concretas, uma economia em crise e um cenário político inverso coloca Lula em uma posição delicada. O presidente, que outrora teve espeque inabalável, agora vê sua liderança ameaçada por um envolvente de suspicácia e insatisfação.
O cenário de um governo enfraquecido e incapaz de satisfazer seu procuração já é uma verdade. O termo antecipado de seu terceiro procuração, seja por pressões políticas, crise econômica ou mesmo impeachment, já não parece uma possibilidade tão remota. Jornal da cidade