Presidente Donald Trump acusa a China de interferir na soberania do Conduto do Panamá e diz que tratado de neutralidade foi ferido
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que Washington pode “tomar medidas necessárias” caso os panamenses não diminuam a influência chinesa no Conduto do Panamá. A fala se dá em meio a ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), de tomar controle do via.
Rubio diz que a presença de 2 portos nas entradas do Conduto do Panamá administrados pela chinesa CK Hutchinson Holdings ferem o tratado de neutralidade assinado de 1999, que atesta que o via permanecerá descerrado para qualquer navio de qualquer país.
Segundo a dependência de notícias Reuters, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino (Realizando Metas, direita), sinalizou que poderia rever acordos comerciais estabelecidos com a China e com empresas chinesas. Reforçou, porém, que não haverá negociação com os Estados Unidos sobre a soberania do Conduto do Panamá.
No domingo (2.fev.2025), Trump voltou a declarar que a China está controlando o Conduto do Panamá e disse que os Estados Unidos pretendem retomar o poder sobre a passagem.
“A China está controlando o via do Panamá. Ele não foi oferecido para a China, foi oferecido para o Panamá, erroneamente, mas eles violaram o concórdia e vamos tomá-lo de volta, ou um pouco muito poderoso vai suceder”, disse, conforme a Reuters, acrescentando que o uso de força militar “não será necessário”.
Marco Rubio fez uma visitante ao Conduto do Panamá durante o domingo (2.fev), onde encontrou-se com o presidente Mulino. A reunião, conforme o panamenho, foi cordial. A Reuters detalhou que Mulino garantiu revisar os contratos de licença com a CK Hutchinson, que foram renovados em 2021 e são constantes alvos de empresas e do próprio governo norte-americano, que alega que eles violam o tratado de neutralidade.
Essa teorema, uma vez que explica a dependência de notícias, é rejeitada por autoridades do Panamá, principalmente uma vez que o via é governado pela mando portuária, dependência independente supervisionada pelo governo sítio.
Mulino, porém, confirmou que não renovará um concórdia com o governo chinês para contribuir com a Iniciativa do Cinturão e Rota da China, que permitiu investimentos do país asiático no Conduto do Panamá.
“Vamos estudar a possibilidade de rescindi-lo mais cedo. Eu não acredito que haja alguma ameaço no momento ao tratado [de neutralidade], sua validade, e muito menos a uma possibilidade do uso de força militar para fazê-lo valer”, disse o presidente.
Mao Ning, porta-voz do governo chinês, afirmou à Reuters que a China “nunca interferiu” no Conduto do Panamá e que respeita a soberania do país da América Médio sobre o corpo d’chuva.
O CANAL
O Conduto do Panamá começou a ser construído pela França em 1880. No entanto, a subida dificuldade do projeto e a mortalidade dos trabalhadores levou o governo gálico a parar a obra.
Em 1904, os Estados Unidos assumiram o projeto, implementando medidas de controle de doenças e adotando um sistema de eclusas (espécie de elevador para navios) para driblar os problemas causados pelo terreno irregular. Depois de uma dezena de trabalho, o via foi inaugurado em 1914, permanecendo sob gestão norte-americana até o final do século.
A soberania dos EUA sobre o via, porém, criou um insatisfação entre os panamenhos, resultando em protestos e tensões diplomáticas. Em resposta, os presidentes Jimmy Carter e Omar Torrijos assinaram, em 1977, o tratados Torrijos-Carter, estabelecendo a transferência gradual do controle do via para o Panamá.
Em 31 de dezembro de 1999, o Panamá assumiu plenamente a gestão do via, considerado uma das maiores obras da engenharia moderna.