A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federalista (STF), rejeitou o pedido da resguardo do ex-presidente Jair Bolsonaro para anular a investigação sobre a suposta fraude em seu cartão de vacina. A decisão, oficializada no último sábado (1º), mantém o curso das apurações conduzidas pela Polícia Federalista e reafirma a legitimidade das medidas adotadas até o momento.
Na decisão, a magistrada ressaltou que os advogados do ex-presidente não apresentaram qualquer elemento capaz de justificar irregularidades na lei do ministro Alexandre de Moraes, responsável por autorizar a investigação. Segundo ela, a argumentação da resguardo não atendeu aos critérios jurídicos necessários para a licença do mandado de segurança. “Ausentes os requisitos legais autorizadores desta impetração, na esteira da consolidada jurisprudência deste Supremo Tribunal, indefiro o presente mandado de segurança”, escreveu Cármen Lúcia.
A investigação teve início em 2022, quando a Polícia Federalista analisou dados obtidos a partir da quebra de sigilo telemático de Mauro Cid, que na era era ajudante de ordens de Bolsonaro.
Durante essa apuração, surgiram suspeitas de que o cartão de vacinação do ex-presidente poderia ter sido fraudado, levando ao aprofundamento das diligências.
No ano seguinte, em 2023, a PF desencadeou uma operação que resultou na prisão de Mauro Cid e de outras cinco pessoas, além da realização de buscas e apreensões na residência de Bolsonaro. O sindicância relacionado à falsificação de registros de vacinação acabou desdobrando-se em novas frentes de investigação, incluindo suspeitas de um suposto projecto de golpe e do ramal de itens pertencentes ao pilha presidencial.
A resguardo do ex-presidente tem argumentado que a investigação é ilícito e que há perseguição política contra Bolsonaro. No entanto, as decisões judiciais têm reforçado a legitimidade das ações da Polícia Federalista e do Ministério Público. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, já havia determinado diversas medidas cautelares, porquê a quebra de sigilo de aliados do ex-presidente e a inquietação de dispositivos eletrônicos para estudo.
O caso ganhou grande repercussão devido ao contexto em que ocorreu. Durante seu governo, Bolsonaro adotou uma postura sátira em relação à vacinação contra a Covid-19, promovendo discursos que questionavam a eficiência dos imunizantes. A possibilidade de que ele ou membros de sua equipe tenham adulterado documentos para evitar restrições de viagem reforçou o debate sobre a congruência de suas ações públicas e privadas.
Nos bastidores, aliados do ex-presidente demonstram preocupação com o progressão das investigações e com os impactos políticos do caso. O Partido Liberal (PL), legenda à qual Bolsonaro está filiado, tem adotado um exposição de desqualificação das investigações, afirmando que há um “uso político” do Judiciário para enfraquecer o ex-presidente e seus apoiadores.
Enquanto isso, a Polícia Federalista continua trabalhando na estudo dos materiais apreendidos e na oitiva de testemunhas para esclarecer se houve, de traje, a falsificação de documentos e qual o proporção de envolvimento de Bolsonaro no esquema. As investigações também se conectam a outros casos que miram o ex-presidente e sua equipe, porquê a suspeita de tentativa de golpe de Estado e a suposta venda ilícito de presentes recebidos no manobra do função.
Com a negativa de Cármen Lúcia, a resguardo de Bolsonaro ainda pode recorrer a outras instâncias, mas a decisão reforça a jurisprudência do STF no sentido de validar as apurações. O desdobramento do caso pode ser crucial para o horizonte político do ex-presidente, que já enfrenta outros processos que podem impactar sua elegibilidade em eleições futuras.
A investigação sobre o cartão de vacina segue em curso e novas diligências devem ser realizadas nas próximas semanas. Autoridades esperam concluir a estudo dos documentos e depoimentos antes de uma eventual denúncia formal contra os envolvidos. O desfecho do caso pode ter implicações diretas não somente para Bolsonaro, mas também para figuras próximas a ele que estiveram envolvidas na gestão de sua agenda e documentação solene.
O ex-presidente, por sua vez, mantém sua resguardo pública de que é escopo de perseguição e tem participado de eventos com seus apoiadores para substanciar sua versão dos fatos. Nos próximos meses, o desenrolar dessa investigação pode influenciar o cenário político pátrio e definir os rumos da oposição ao governo Lula.