O dispêndio da cesta básica no Brasil registrou um aumento de 14,2% em 2024, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse aumento significativo impacta diretamente o poder de compra da população, mormente das famílias de baixa renda, que destinam uma secção considerável da sua renda para a alimento.
Entre os produtos que mais encareceram estão o tomate, a batata, o óleo de soja, o leite e seus derivados, além do tradicional arroz com feijoeiro. O tomate teve uma subida expressiva, resultado de fatores climáticos adversos que prejudicaram a produção em diversas regiões do país. A batata também sofreu com a sazonalidade e a redução da oferta no mercado interno. O óleo de soja, por sua vez, foi influenciado pela subida demanda internacional e pelas oscilações cambiais. Já o leite e seus derivados registraram reajustes devido ao aumento dos custos de produção, porquê ração e combustíveis, enquanto o arroz e o feijoeiro sofreram com oscilações no mercado interno e problemas climáticos que afetaram as safras.
O Dieese monitora o valor da cesta básica em 17 capitais brasileiras, e todas apresentaram subida nos preços em 2024. São Paulo continua sendo a cidade com a cesta mais faceta do país, enquanto Aracaju registrou o menor dispêndio, embora também tenha sofrido aumento. Capitais porquê Porto Feliz, Florianópolis e Rio de Janeiro também tiveram reajustes significativos.
Esse cenário impacta diretamente o orçamento das famílias brasileiras, principalmente das que vivem com rendas mais baixas. O aumento nos preços dos víveres essenciais faz com que muitas pessoas precisem ajustar suas compras, reduzindo o consumo de determinados produtos ou optando por alternativas mais baratas, o que afeta a qualidade da alimento.