Sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as empresas estatais brasileiras encerraram o ano de 2024 com o maior déficit fiscal da história, acumulando um rombo de R$ 9,76 bilhões em valores ajustados pela inflação. Esse déficit foi o resultado de dois anos de gestão (2023 e 2024), superando o saldo negativo de qualquer outro período no século 21. Os dados, divulgados pelo Banco Medial, mostram que em 2023 as despesas das estatais superaram as receitas em R$ 2,43 bilhões, enquanto no amontoado de janeiro a agosto de 2024 esse déficit saltou para R$ 7,33 bilhões.
O déficit das estatais federais, estaduais e municipais foi significativo, com as federais registrando um déficit de R$ 3,45 bilhões e as estaduais R$ 3,90 bilhões no período de janeiro a agosto de 2024. Leste desempenho representa uma piora acentuada em relação ao ano anterior, com um aumento de 383,1% no déficit das estatais federais e de 181,1% no das estaduais quando comparado com todo o ano de 2023. A série histórica, que começou em 2002, mostra que esse é o maior saldo negativo já registrado, superando até mesmo o déficit de 2014 durante o governo Dilma Rousseff.
A situação das estatais foi influenciada por diversos fatores, incluindo um aumento nas despesas e uma queda nas receitas, agravado pela mediação política e por decisões de gestão que não necessariamente priorizaram a eficiência financeira. O governo de Lula enfrentou críticas significativas sobre a gestão das empresas estatais, com acusações de aparelho político e falta de transparência. A nomeação de dirigentes sem critério técnico e a inflação de gastos foram apontadas uma vez que causas do aumento do déficit.
Especialistas destacaram que o déficit das estatais não pode ser observado de forma isolada, considerando que investimentos em infraestrutura e modernização podem ser vistos uma vez que despesas no pequeno prazo, mas gerar benefícios econômicos no longo prazo. No entanto, o governo foi criticado por não apresentar um projecto evidente de uma vez que esses investimentos poderiam levar a uma recuperação financeira das empresas. A pressão sobre o Tesouro Vernáculo para estancar esses déficits também é um ponto de preocupação, já que pode impactar negativamente outras áreas de investimento público, uma vez que saúde e ensino.
A gestão das estatais sob Lula em 2024 evidenciou desafios significativos na gestão pública, com críticas não só relacionadas ao resultado financeiro, mas também à falta de reformas estruturais que poderiam melhorar a eficiência e a governança dessas empresas. O aumento do déficit levanta questões sobre a sustentabilidade fiscal das estatais e a premência de reformas para prometer que elas possam satisfazer sua função pública de forma eficiente e contribuir para o desenvolvimento econômico do Brasil.