O ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou a gestão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) primeiro do Senado, afirmando que, sob sua liderança, o Senado se tornou subordinado à Câmara dos Deputados. Em uma enunciação feita em janeiro de 2025, Mourão argumentou que Pacheco não conseguiu manter a autonomia e a independência que o Senado deveria ter em relação à Câmara, sugerindo que muitas das decisões e a taxa legislativa foram ditadas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Mourão destacou que Pacheco, ao tentar manter uma base de base para sua reeleição à presidência do Senado, teria ofertado demasiadamente às pressões da Câmara, o que levou a uma perda de protagonismo do Senado no processo legislativo. Ele citou exemplos onde o Senado teria “rubber-stamped” (ratificado sem alterações significativas) projetos de lei originários da Câmara, sem o devido debate ou revisão que caracteriza a função revisora do Senado.
A sátira de Mourão também toca na questão de uma vez que Pacheco lidou com a relação entre os poderes, mormente com o Executivo e o Judiciário.
Ele sugeriu que a subordinação ao ritmo e às prioridades da Câmara poderia ter enfraquecido a capacidade do Senado de atuar uma vez que um contrapeso efetivo ao governo e ao STF, uma vez que a agenda legislativa foi, em sua visão, excessivamente influenciada por acordos políticos fora do Senado.
A enunciação de Mourão reflete uma visão de que o estabilidade entre os poderes legislativos é crucial para a saúde democrática do país. Ele indicou que um Senado poderoso e independente é necessário para prometer que a legislação seja debatida de maneira equitativa e que não se transforme em um mero apêndice das decisões tomadas na Câmara.
Esta sátira ocorre em um contexto de eleições para a presidência do Senado, onde Pacheco procura a reeleição. As palavras de Mourão podem influenciar senadores indecisos ou aqueles que valorizam a autonomia do Senado, levantando questões sobre a liderança de Pacheco e sua capacidade de governar o Senado de maneira que preserve sua identidade e função constitucional.
A resposta de Pacheco ou de seus aliados a essas críticas não foi imediatamente conhecida, mas a discussão sobre a relação entre as duas casas do Congresso Vernáculo é uma permanente no debate político brasílio, mormente em períodos de eleição para cargos internos. A eficiência de um presidente do Senado é frequentemente avaliada pela capacidade de lastrar as demandas internas e externas, mantendo ao mesmo tempo a independência e o prestígio da Moradia.