O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terreno (MST) divulgou, na última sexta-feira (24), uma epístola oportunidade com críticas ao governo federalista e ao Congresso Vernáculo. No documento, o grupo exige o assentamento de 100 milénio famílias que permanecem acampadas pelo país e acusa o Parlamento de proteger o agronegócio em uma “atuação perversa”.
Entre as afirmações, o MST afirma que o governo deve priorizar a reforma agrária e implementar políticas públicas que promovam a melhoria da qualidade de vida e a autonomia dos territórios indígenas, quilombolas e das áreas de reforma agrária
“O MST se compromete a pressionar o governo para pousar as 100 milénio famílias sem terreno acampadas, demarcar os territórios indígenas e reconhecer os territórios quilombolas, lutar por orçamento e uma agenda concreta de políticas de melhoria da qualidade de vida e autonomia aos territórios”, destaca o documento assinado pela cúpula do movimento.
Apesar da proximidade do MST com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o movimento acusa o governo de paralisar a reforma agrária e critica a ininterrupção das políticas neoliberais, que, segundo o grupo, agravam a desigualdade e a violência contra os trabalhadores do campo
“A tamanho de sobrantes, aqueles considerados vastamente pelo capitalismo, se avoluma, enquanto as políticas públicas estruturais não se efetivaram”, ressalta o texto.
Além da tarifa agrária, o movimento elenca outras prioridades, porquê um “plebiscito pela taxação de grandes fortunas”, o “termo da jornada 6×1” e ações de combate à miséria, ao analfabetismo e à exclusão social.
A epístola também destaca a relevância da formação política e ideológica para a militância.
Em outro trecho, o MST menciona sua solidariedade internacional, mencionando regimes de países porquê Cuba e Venezuela. “Pretendemos exercitar o internacionalismo e a solidariedade porquê princípios, valores e estratégias para edificar a luta socialista, de mãos dadas com Cuba, Palestina, Venezuela, Haiti, os povos da África Ocidental e a classe trabalhadora do mundo”, afirma.
Por termo, o grupo reforça o pedido por justiça em relação aos assassinatos de dois militantes, Valdir do Promanação e Gleison Roble, mortos em um ataque a tiros no interno de São Paulo no último dia 10. Informações Jornal da cidade