Após caos em liberação de reféns, Israel adia soltura de prisioneiros

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Resguardo, Israel Katz, ordenaram nesta quinta-feira (30) o dilação da libertação de 110 prisioneiros palestinos, prevista para as próximas horas, “até que seja garantida a libertação segura de seus reféns”.

O pregão, divulgado pelo gabinete do premiê israelense, ocorre depois as milícias palestinas entregarem oito reféns em diferentes lotes esta manhã, em meio a momentos de caos e desordem causados ​​pelos milhares de moradores da Fita de Gaza que foram ao lugar e cercaram os veículos da Cruz Vermelha.

Ao falar sobre o tópico, Netanyahu lamentou as “cenas chocantes” que, segundo ele, evidenciam a “crueldade inimaginável” do Hamas durante as operações de libertação de reféns na Fita de Gaza, organizadas nesta quinta entre as ruínas das cidades de Jabalia e Khan Younis.

– Vejo com grande severidade as cenas chocantes que ocorreram durante a libertação de nossos reféns – disse Netanyahu em um enviado divulgado por seu gabinete de prensa.

As imagens da libertação dos reféns mostram milhares de moradores de Gaza reunidos no lugar cercando veículos da Cruz Vermelha e dificultando o chegada dos reféns e dos terroristas. Entre a povaléu, também podem ser vistas inúmeras bandeiras do Hamas e da Jihad Islâmica.

A desordem foi tal que os terroristas palestinos tiveram de pedir às pessoas para que abrissem passagem aos veículos, o que atrasou a peroração do processo e dificultou a verificação de que tanto os israelenses uma vez que os tailandeses tinham sido entregues à Cruz Vermelha.

Em seguida a divulgação dessas cenas, o primeiro-ministro israelense exigiu que “os mediadores garantam que tais cenas ameaçadoras não se repitam e que a segurança de nossos reféns seja garantida”.

– Qualquer um que ousar fazer mal aos nossos reféns terá a cabeça coberta de sangue – ameaçou.

O fórum que representa as famílias dos reféns também lamentou o que descreveu uma vez que “imagens devastadoras” que “encheram seus corações de pânico”, segundo um enviado em que pediram que “tudo o que for provável seja feito para prometer a sua proteção e sua reunificação imediata com seus entes queridos”.

– Em seguida 482 dias de terror e sofrimento inimagináveis, essas pessoas, que já suportaram o impensável, não devem ser submetidas a mais perigos. Esse processo, marcado pela crueldade e desrespeito à honra humana, deve ser sentenciado inequivocamente – disse o grupo.

O Hamas libertou nesta quinta-feira a militar Agam Berger, uma refém de 20 anos, em uma cerimônia realizada em uma rossio cercada por prédios destruídos por bombas israelenses no campo de refugiados de Jabalia, no setentrião do enclave, onde não ocorreram incidentes.

Horas depois, em Khan Younis, no sul da Fita, foram libertados os civis israelenses Arbel Yehud, de 29 anos, e Gadi Moses, de 80, muito uma vez que cinco reféns tailandeses sequestrados em 7 de outubro de 2023 pelo Hamas. Neste caso, a libertação aconteceu no meio de uma povaléu de milhares de moradores de Gaza.

*EFE