O senador Rogério Pelágico (PL-RN) solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) o retiro cautelar de Márcio Pochmann da presidência do Instituto Brasílico de Geografia e Estatística (IBGE). A petição de Pelágico foi motivada por alegações de que Pochmann estaria conduzindo o IBGE de maneira “temerária”, sacrificando a credibilidade e a referência técnica da instituição para proporcionar um projeto político.
Ele argumenta que o IBGE se tornou um “puxadinho ideológico do governo”, mormente com a geração da Instalação IBGE+, que, segundo Pelágico, usurpa a cultura do Congresso Pátrio.
Pelágico destacou que Pochmann ignorou a lei e agiu de forma autoritária, colocando em risco a independência técnica do IBGE. A representação pede que o TCU apure uma suposta prenúncio à missão institucional e aos princípios orientadores do IBGE, questionando a gestão de Pochmann que teria sido marcada por arbitrariedades e falta de diálogo com os servidores do órgão. A petição inclui uma epístola ensejo assinada por 136 servidores do IBGE, que criticam a gestão de Pochmann por ser autoritária, política e midiática.
A geração da Instalação IBGE+ foi um ponto mediano das críticas, pois, segundo a representação, foi feita sem autorização legislativa, o que poderia comprometer o trabalho técnico e as pesquisas realizadas pelo IBGE. Ou por outra, Pelágico aponta que Pochmann não tem mais capacidade de dialogar com os servidores, o que pode afetar a credibilidade dos dados publicados, incluindo indicadores econômicos uma vez que o IPCA, em um momento onde a inflação é um problema sério para o governo.
O pedido de Pelágico ao TCU é visto uma vez que uma tentativa de intervir em uma situação que ele considera ser uma má governo do IBGE, com implicações significativas para a crédito nas estatísticas oficiais brasileiras e para o debate público sobre políticas públicas.