A investigação da Polícia Federalista (PF) revelou a cronologia do projecto elaborado por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR). O caso veio à tona posteriormente o testemunho de um ex-integrante da partido e resultou na pena de oito criminosos pela Justiça Federalista no Paraná.
Uma vez que o projecto foi articulado
Segundo o Ministério Público Federalista (MPF), a organização criminosa começou a planejar o sequestro em 2022. As principais motivações seriam as medidas adotadas por Moro quando ocupou o missão de ministro da Justiça no governo Bolsonaro (PL), porquê a transferência de líderes do PCC para presídios federais e a restrição de visitas íntimas.
A cronologia do projecto incluiu diversas etapas de preparação, que envolveram aluguel de imóveis, levantamento de informações sobre a rotina do senador e seus familiares, além da compra de equipamentos e veículos para a realização do violação.
Principais momentos do projecto
- Janeiro de 2022: Uma integrante do grupo, identificada porquê Aline, aluga um apartamento em São Paulo.
- Maio de 2022: O criminoso Janeferson Gomes Mariano, sabido porquê “Nefo”, pede a Aline que colete informações sobre Moro.
- Junho de 2022: Aline viaja a Curitiba para aprofundar o monitoramento do ex-juiz. Nesse período, os criminosos criam códigos para se referir ao projecto: “MS” (México), “Moro” (Tóquio), “Sequestro” (Flamengo) e “Ação” (Fluminense).
- Julho de 2022: O grupo adquire um veículo Mercedes Benz ML 500, denominado de “cofre”, para ser utilizado no violação.
- Agosto e setembro de 2022: O grupo aluga imóveis em Curitiba para facilitar a realização do projecto.
- Outubro de 2022: Aline salva imagens e informações detalhadas sobre Moro, incluindo seu lugar de votação, possíveis rotas de fuga e segurança no entorno. O grupo tenta alugar uma granja na região de Curitiba, que serviria porquê cativeiro.
- Novembro de 2022: Em seguida a primeira tentativa fracassada, o grupo retoma o projecto e reforça o monitoramento da família de Moro.
- Dezembro de 2022 e janeiro de 2023: Criminosos continuam a coletar informações sobre a rotina do senador e seus familiares, chegando a procurar outra granja para o cativeiro.
- Fevereiro de 2023: O grupo intensifica a logística e o monitoramento para uma novidade tentativa de sequestro.
- Março de 2023: A Polícia Federalista deflagra a Operação Sequaz e prende os envolvidos, frustrando o projecto.
A investigação mostrou que a partido criminosa operou de maneira estruturada e com separação de funções para executar o violação. O MPF destacou que, mesmo posteriormente o fracasso das primeiras tentativas, os criminosos continuaram trabalhando para viabilizar o sequestro de Moro.
Com a prisão dos envolvidos, o caso foi levado à Justiça, resultando na pena de oito integrantes do PCC. A operação também revelou porquê o violação organizado vem se sofisticando para hostilizar autoridades e desafiar as instituições de segurança pública. Informações Jornal da cidade