A recente publicação de uma “Novidade Epístola de Servidores” tem exacerbado a crise interna no Instituto Brasílico de Geografia e Estatística (IBGE), levantando sérias questões sobre a autonomia da instituição. A missiva, assinada por mais de 130 profissionais das principais diretorias do órgão, denuncia uma gestão autoritária, política e midiática por segmento do presidente do IBGE, Márcio Pochmann.
Os servidores expressam preocupação com a geração da Instalação IBGE+, uma entidade de caráter público-privado, que eles acreditam pode ameaçar a credibilidade e a independência dos dados produzidos pelo instituto.
A Instalação IBGE+, criada para permitir a captação de recursos não-orçamentários, foi branco de críticas desde sua concepção, mormente porque a sua implementação não envolveu ampla discussão com o corpo técnico. Os servidores que assinaram a missiva argumentam que a instalação poderia comprometer a autonomia técnica do IBGE, uma vez que a influência de financiamentos privados poderia interferir na produção de informações estatísticas, que devem ser imparciais e de interesse público.
O documento também critica a falta de diálogo com os funcionários sobre decisões significativas, uma vez que a mudança de endereço de algumas unidades do IBGE, que impacta diretamente o bem-estar e a eficiência dos trabalhadores. A insatisfação foi intensificada posteriormente a saída de diretores importantes, uma vez que Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto, da Diretoria de Pesquisas, devido a desacordos com a gestão de Pochmann. Essas demissões foram vistas uma vez que um sinal simples de que a crise não é unicamente sindical, mas também uma questão de governança e crédito na liderança.
A resposta da presidência do IBGE às críticas foi de negar qualquer crise, com ameaças de recorrer à Justiça contra o que chamaram de “desinformação e moca”. No entanto, a missiva dos servidores foi interpretada uma vez que uma enunciação de guerra, indicando uma ruptura profunda entre a direção e o corpo técnico do instituto. A situação atual é vista uma vez que uma prenúncio direta à credibilidade do IBGE, uma instituição de quase 90 anos de história, conhecida pela confiabilidade de suas pesquisas e dados estatísticos.
A Novidade Epístola de Servidores não só amplia a crise interna no IBGE mas também levanta um debate sobre uma vez que a autonomia de instituições públicas de pesquisa deve ser protegida e promovida para prometer a integridade e a imparcialidade dos dados produzidos, que são essenciais para a formulação de políticas públicas e para a sociedade em universal. A pressão agora está sobre as autoridades competentes para intervir e mediar a situação, garantindo que o IBGE possa continuar a treinar seu papel com a autonomia e a crédito necessárias.