As denúncias contra a ministra Cida Gonçalves, adiante do Ministério das Mulheres, repercutiram fortemente na política brasileira. Ex-servidoras do ministério formalizaram acusações graves de assédio moral e xenofobia, apontando um envolvente de trabalho hostil, caracterizado por pressões excessivas, ameaças de deposição e atitudes preconceituosas por segmento de líderes da equipe. A Controladoria-Universal da União (CGU) e a Percentagem de Moral Pública (CEP) da Presidência da República foram acionadas para investigar os relatos, que incluem dossiês escritos e gravações de reuniões internas.
A ministra, além de ser diretamente implicada, enfrenta acusações envolvendo outras figuras do ministério, uma vez que a secretária-executiva Maria Helena Guarezi, a corregedora Dyleny Teixeira Alves da Silva e a ex-diretora de Fala Institucional Carla Ramos. As denúncias indicam que, além do assédio moral, houve manifestações de xenofobia e discriminação dentro da equipe, o que tem gerado grande repercussão.
O deputado Nikolas Ferreira, sabido por suas posturas polêmicas, usou a situação para satirizar o Partido dos Trabalhadores (PT), questionando a preocupação do governo com a situação das mulheres dentro do próprio ministério. Ele resgatou um vídeo velho de uma fala de Cida Gonçalves, criticando a hipocrisia do PT em relação a sua postura com as mulheres, e reforçou a premência de uma investigação profunda e transparente sobre as acusações.
A situação coloca o governo Lula em uma posição delicada, principalmente porque a pasta das Mulheres é uma extensão medial da atual gestão, que visa promover a paridade de gênero e proteger os direitos das mulheres. A perenidade de Cida Gonçalves no missão dependerá, em grande segmento, do desfecho das investigações e da resposta do governo diante das graves acusações que surgiram.